Após reunião com Camilo, reitor da UFC mantém suspensão de aulas presenciais

As aulas presenciais na Universidade Federal do Ceará (UFC) estão suspensas, conforme o reitor Cândido Albuquerque. Após reunião com governador Camilo Santana, que decretou suspensão de atividades presenciais em escolas, universidades públicas e privadas, o reitor afirmou que pretende aderir à decisão.

A gestão da UFC havia editado um documento, antes do decreto de Camilo, que suspendia as aulas até dia 9 de abril. Mas, em entrevista à rádio O POVO/CBN, Cândido disse que não vai entrar em colisão com o esforço que o Governo e a Organização Mundial da Saúde (OMS) vêm fazendo para combater a pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

"Nosso objetivo é minimizar a crise, manter a comunidade universitária mobilizada. A grande lição que nós aprendemos é que estávamos atrasados nos uso de ferramentas para atividades acadêmicas remotas. Nós estávamos presos à sala de aula", contou o reitor. Ele ainda ressaltou que não se trata de Educação à Distância (EAD), mas sim de "mobilização permanente para que o aluno consiga assimilar maior quantidade do conteúdo didático". Cândido ainda disse que objetivo, quando a situação for normalizada, é conseguir reposição de todo conteúdo.

O reitor comentou as realidades diferentes pelas quais a universidade passa. Nos cursos de Direito e Medicina, segundo ele, as atividades conseguem seguir de forma normalizada - o que é diferente em cursos que exigem aula presencial, como Odontologia e os do Centro de Ciências. Ele não comentou como ficarão estes casos durante atividades remotas. "É como uma greve: nós estendemos o calendário (quando a situação normaliza), mas não há uma reposição satisfatória. O que estamos tentando fazer é minimizar".
Na última quarta, 1°, Cândido disse que se reuniu com os reitores e reitoras das universidades cearenses, que se mostraram favoráveis à suspensão de atividades presencias. "Ficou muito claro: a mobilização é fundamental", disse.

Durante quarentena, equipes de segurança e limpeza se revesam para garantir funcionamento da universidade. Albuquerque disse que momento é desesperador, "dificílimo". "Está tudo feito da maneira mais clara possível. Nesse momento, há dificuldade de manter segurança na universidade, mas nós fizemos um criterioso rodízio", acrescentou. Reitor ainda pediu que funcionários essenciais, principalmente de saúde, continuem em atividade.