Após mais de 4 mil mortos por coronavírus, prefeito de Milão se arrepende de ter apoiado campanha "Milão não para"

Até a manhã desta sexta-feira, 27, cerca de 34.889 pessoas testaram positivo para Covid-19 na região

O prefeito de Milão, Giuseppe Sala, admitiu ter errado ao apoiar a campanha de anti-quarentena na cidade italiana. Intitulada de #milanononsiferma (Milão não para), a ação incentivou os habitantes a continuarem com suas atividades normais em meio à pandemia do coronavírus e foi iniciada há um mês atrás, quando a cidade tinha 250 pessoas infectadas e 12 mortes confirmadas. Até a manhã desta sexta-feira, 27, cerca de 34.889 pessoas testaram positivo para Covid-19 e a região acumula mais de 4.861 mortes. As informações são do jornal O Globo.

A declaração foi feita durante "Che tempo che fa", tradicional programa da televisão italiana. "Muitos se referem àquele vídeo que circulava com o título #MilãoNãoPara. Era 27 de fevereiro, o vídeo estava explodindo nas redes, e todos o divulgaram, inclusive eu. Certo ou errado? Provavelmente errado", reconheceu o prefeito ao explicar que ninguém havia entendido a gravidade do vírus no período da campanha.

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O prefeito chegou a postar em seu perfil pessoal no Instagram uma foto que demonstrava apoio à campanha Milão não para no dia 29 de fevereiro. 

 
 
 
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#milanononsiferma e con ago e filo ricama...

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LEIA MAIS: Há um mês, Itália resistiu a medidas de isolamento contra coronavírus; hoje soma 7,5 mil mortes

A Itália confirmou sua 1ª morte por Covid-19 em 21 de fevereiro. Naquele momento, o País registrava apenas 17 casos confirmados da doença. Logo no dia seguinte, o governo italiano anunciou um toque de recolher para 11 cidades da região mais afetada pela doença. Foi apenas em 8 de março, porém, que a Itália decidiu isolar toda a região da Lombardia, responsável por parte importante da economia italiana, em uma medida que afetou cerca de 16 milhões de pessoas. 

A principal recomendação para evitar a doença é o isolamento domiciliar, independentemente da idade da pessoa. Uma das suposições apresentadas, a do isolamento vertical, que consiste em isolar apenas quem se encaixa no grupo de risco, não funciona. Pesquisas indicam que os principais vetores da doença são os jovens que, em geral, contraem o Sars-Cov-2 e ficam assintomáticos.

 

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