Jornalista americano morre durante jogo Argentina e Holanda
Profissional disse ao irmão ter recebido ameaça de morte após ser barrado em porta de estádio por usar camisa alusiva ao movimento LGBTQIA+Morreu na sexta-feira, 9, o jornalista esportivo norte-americano Grant Wahl, de 48 anos. A morte ocorreu após ele passar mal, na tribuna do estádio Lusail, durante o jogo entre Argentina e Holanda, válido pelas quartas de final da Copa do Mundo do Qatar. A informação é do portal UOL, e foi confirmada por parentes do jornalista e também pela rádio pela qual ele cobria o mundial, a NPR.
De acordo com Tim Scanlan, que trabalhava como agente de Wahl, o jornalista passou mal nos minutos finais do jogo. Ele foi socorrido, mas não se sabe se ele morreu a caminho ou se conseguiu chegar com vida em um hospital no Qatar. "Ele não estava dormindo bem. Ele disse: “Só preciso relaxar um pouco", disse o agente, em entrevista ao "The New York Times".
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Ainda conforme o agente de Wahl, ele não vinha passando bem nos últimos dias e havia testado negativo para covid-19.
Em nota, a Federação Americana de Futebol lamentou a morte do profissional da imprensa.
Nas últimas semanas o norte-americano ganhou visibilidade por ser barrado em um jogo dos Estados Unidos por estar usando uma camisa com as cores do arco-íris, em alusão ao público LGBTQIA+. “Um segurança se recusou a me deixar entrar no estádio para EUA x País de Gales. Você tem que trocar de camisa. Não é permitido", escreveu Grant em suas redes sociais após o evento.
Bronquite na última semana
Durante participação em podcast ainda na última sexta-feira, Wahl revelou que teve recentemente um caso de bronquite. "Depois de 17 jogos seguidos meu corpo me disse, mesmo depois da eliminação dos Estados Unidos: 'cara, você não está dormindo o suficiente'. Eu tive um caso de bronquite essa semana, fui no centro médico duas vezes, incluindo hoje. Estou me sentindo bem hoje. Cancelei basicamente tudo da terça-feira (6) e dormi. Estou melhor", afirmou.
O jornalista também revelou tossir bastante, e que outros colegas de profissão também estavam na mesma situação. "A única coisa que me impressiona aqui é que não tem tido muitos casos de covid-19 aqui. Achei que fosse ser um problema. Estávamos vendo apenas doenças normais, tosses...", finalizou Grant.
Ameaças recebidas
Nas redes sociais, Eric Wahl, irmão do jornalista, disse que o profissional teria recebido ameaças de morte. Eric disse também acreditar que o irmão foi assassinado.
"Sou gay e a razão de ele usar a camiseta do arco-íris na Copa do Mundo. Meu irmão era saudável. Ele me disse que recebeu ameaças de morte. Eu não acredito que meu irmão apenas morreu, acredito que ele tenha sido assassinado. Eu imploro por qualquer ajuda", falou ele.
Confira a nota da Federação Americana de Futebol
"Todos do futebol dos EUA estamos com o coração partido ao saber que perdemos Grant Wahl. Os fãs de futebol e jornalismo da mais alta qualidade sabiam que sempre poderíamos contar com a Grant para entregar histórias perspicazes e divertidas sobre nosso jogo e seus principais protagonistas: times, jogadores, treinadores e as muitas personalidades que tornam o futebol diferente de qualquer esporte. Aqui nos Estados Unidos, a paixão de Grant pelo futebol e o compromisso de elevar seu perfil em nosso cenário esportivo desempenhou um papel importante em ajudar a aumentar o interesse e o respeito pelo nosso belo jogo."