Descanso de titulares em derrota foi fundamental para intensidade na vitória

Jogadores do Brasil ressaltam importância de rodagem de elenco na primeira fase e prometem que diferença será nítida nos próximos jogos

Na derrota contra Camarões por 1 a 0, pela terceira rodada da fase de grupos da Copa do Mundo, uma das críticas mais contundentes ao técnico Tite foi em relação à decisão de colocar em campo uma equipe totalmente reserva, uma vez que a classificação às oitavas já estava garantida. A ideia de rodar completamente o elenco em uma competição tão curta como a Copa do Mundo deixou muitos torcedores chateados e também foi colocada em xeque por boa parte da imprensa.

Acontece que, após a vitória tranquila nas oitavas por 4 a 1 diante da Coreia do Sul, este assunto voltou à tona. Desta vez, pelos próprios jogadores que fizeram questão de frisar que a intensidade, tão elogiada nos primeiros minutos do primeiro tempo fazendo com que o placar fosse aberto logo aos 7, só foi possível devido ao descanso dos titulares.

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“Tudo isso faz parte de um processo que muita gente não entende, mas nós, que estamos aqui dentro, sabemos”, citou o lateral-direito Daniel Alves, acionado no segundo tempo da partida.

Brasil e Coreia finalizaram a participação na fase de grupos no mesmo dia, na última sexta-feira (2), mas em contextos bem diferentes. Enquanto, a seleção brasileira foi à campo já classificada e com os reservas, os coreanos entraram com força máxima, precisando de uma vitória para se classificar e, para piorar, ainda saíram atrás do placar, precisando de um esforço e intensidade bem maiores dos jogadores para alcançar um empate e a virada para cima de Portugal, como acabou se concretizando.

Depois disso, foram apenas dois dias de treinamento. O primeiro, um dia após a partida, geralmente é de recuperação muscular para os titulares que atuaram mais do que 45 minutos no dia anterior. Como os titulares brasileiros não atuaram mais de 45 minutos, puderam seguir os treinamentos intensos, enquanto os coreanos não tiveram a mesma oportunidade.

“A gente consegue perceber no gestual do nosso adversário, que jogou três jogos muito intensos, e hoje, com 90 minutos a menos nas pernas, vimos a diferença”, frisou o zagueiro Thiago Silva. “Nós perguntávamos: será que foi a melhor coisa a ser feita? Poupar os onze? Eu acho que sim. Para o decorrer da competição, a gente vai ver essa diferença nas pernas”, completou o capitão.

Thiago também citou a Croácia na copa passada que chegou à final contra a França com, praticamente, um jogo a mais, já que a seleção croata enfrentou prorrogações nas três fases anteriores, oitavas, quartas e semi finais, totalizando 90 minutos extras.

A Croácia, agora em 2022, é o próximo adversário do Brasil, pelas quartas de final do torneio, e, pela lógica do capitão, também pode estar em desvantagem em relação ao Brasil. Isto porque a equipe de Luca Modric vem justamente de uma classificação com prorrogação e pênaltis diante do Japão, após um empate em 1 a 1 no tempo regulamentar, enquanto a Canarinho teve uma vitória tranquila, sem exigir tanto dos atletas e ainda com direito a sacar os principais jogadores no início do segundo tempo.

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