Wenger diz que seleções menos concentradas em "política" têm mais chances de vencer na Copa

Uma das seleções que se posicionou a favor dos direitos e da segurança da comunidade LGBTQIA+, a Alemanha, perdeu sua primeira partida na competição

13:05 | Dez. 05, 2022

Por: Gazeta Esportiva
Diretor de desenvolvimento da Fifa, Arsène Wenger (foto: FRANCK FIFE / AFP)

O diretor de desenvolvimento da Fifa, Arsène Wenger, disse neste domingo, 5, que seleções "preparadas mentalmente" e mais "concentradas na competição e não em manifestações políticas" tinham mais chances de ganhar sua primeira partida na Copa do Mundo.

"Quando você joga uma Copa do Mundo sabe que não deve perder o primeiro jogo. Há seleções que têm experiência, que tiveram resultados em torneios anteriores, como a França, a Inglaterra, o Brasil, que venceram o primeiro jogo", declarou Wenger na coletiva de imprensa do grupo de estudos técnicos da Fifa em Doha.

Uma das seleções que se posicionou a favor dos direitos e da segurança da comunidade LGBTQIA+, a Alemanha, perdeu sua primeira partida na competição. A equipe de Hansi Flick se manifestou coletivamente contra as ameaças da Fifa de impor sanções esportivas para impedir o uso da braçadeira “One Love”.

Na partida de estreia contra o Japão, todos os jogadores alemães posaram com a mão na boca para a foto oficial antes do início do jogo. Os japoneses venceram por 2 a 1 e a Alemanha foi eliminada na fase de grupos de uma Copa do Mundo pela segunda vez consecutiva.

A Dinamarca também se posicionou sobre questões políticas e sociais no Catar e, mesmo sendo considerada por alguns como uma possível surpresa na competição, também acabou eliminada de maneira antecipada.

"Também há times que estavam preparados mentalmente, que estavam determinados a focar na competição e não em manifestações políticas", acrescentou o ex-técnico do Arsenal.

Wenger apresentou neste domingo vários elementos táticos e estatísticas sobre a primeira fase do torneio, destacando em particular o aumento de 83% no número de gols marcados a partir de cruzamentos, em comparação ao do Mundial de 2018.

"As equipes defendem mais no meio de campo e deixam os laterais mais abertos. Isso dá um papel importante aos jogadores das alas. Estou convicto de que as seleções que têm os melhores pontas terão mais chances de ganhar o torneio", finalizou.