Brasileiros naturalizados na Copa do Mundo 2022: conheça jogadores
Saiba quais jogadores brasileiros podem disputar a Copa do Mundo 2022 por outras seleções; veja lista de atletas naturalizados e conheça regras da Fifa
A naturalização de jogadores se tornou cada vez mais comum no futebol. Ao longo dos anos, seja por aspectos sociais, geográficos ou esportivos, atletas passaram a representar outros países em competições oficiais.
Considerado um grande exportador de futebolistas, o Brasil recorrentemente aparece representado em outra nação, incluindo a Copa do Mundo.
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Na Copa da Rússia, em 2018, a Fifa contabilizou 82 jogadores que nasceram em um país, mas resolveram jogar por outro. No Brasil, em 2014, o número foi maior: 85 atletas naturalizados. Quatro anos atrás, a França teve 29 atletas atuando por outras seleções.
Com a proximidade da Copa e a divulgação das listas de convocados, aumenta a expectativa para saber quais jogadores brasileiros naturalizados vão jogar por outros países.
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Jogadores brasileiros naturalizados na Copa do Mundo 2022
Confira a seguir a lista de jogadores brasileiros que podem disputar a Copa do Mundo 2022 por outras seleções.
Pepe (Portugal)
Aos 39 anos, Pepe vai para sua quarta Copa do Mundo. O experiente zagueiro nasceu em Maceió-AL e em 2001 foi contratado pelo Marítimo-POR. Após se destacar pelo Porto-POR, assinou com o Real Madrid-ESP. Após passagem pelo Besiktas-TUR, retornou ao Porto em 2019.
Pela Seleção de Portugal, Pepe conquistou a Euro 2016 e a Liga das Nações em 2019. Desde 2007, o jogador acumula 128 jogos e sete gols com a seleção lusitana.
Thiago Alcântara (Espanha)
O meio-campista Thiago Alcântara é um caso especial. Filho do tetracampeão Mazinho, ele nasceu na Itália e joga pela seleção da Espanha, país onde viveu boa parte da vida. Formado nas categorias de base do Barcelona-ESP, o jogador chegou a atuar pelo Flamengo quando criança.
Iniciou sua trajetória como profissional no Barcelona, onde ficou até 2013, quando se transferiu para o Bayern de Munique-ALE. Desde 2020 atua pelo Liverpool-ING.
Embora tivesse a opção de jogar pelo Brasil, pois possui cidadania brasileira, Thiago decidiu seguir a carreira internacional pela Espanha, sua seleção desde o Sub-16. O meia disputou a Copa de 2018.
Rodrigo Moreno (Espanha)
Rodrigo é natural do Rio de Janeiro e jogou com Thiago Alcântara nas categorias de base do Flamengo. Filho do ex-lateral-esquerdo Adalberto, cedo foi para a Espanha, iniciando sua trajetória no Real Madrid Castilla. Atualmente no Leeds-ING, ele teve boa passagem pelo Valencia-ESP.
Aos 31 anos e em sua terceira temporada no futebol inglês, Rodrigo vive a expectativa de ser convocado pelo técnico Luis Enrique para a lista final da Espanha para a Copa do Catar. No mundial de 2018, o atacante disputou três partidas pela Fúria.
Matheus Nunes (Portugal)
Matheus Nunes foi contratado nesta temporada pelo Wolverhampton-ING, após se destacar no Sporting-POR. O meio-campista ficou famoso por recusar uma convocação para a Seleção Brasileira em setembro de 2021, indicando sua preferência pela Seleção de Portugal.
O jogador de 23 anos, natural do Rio de Janeiro, fez sua base no Ericeirense-POR e foi contratado pelo Sporting-POR na temporada 2019-20. Com a camisa de Portugal, disputou nove partidas e marcou um gol.
Otávio (Portugal)
Nascido em João Pessoa-PB, Otávio também está na pré-lista de Portugal para a Copa do Mundo. O meio-campista iniciou sua trajetória profissional no Internacional e se transferiu para o Porto-POR em 2014.
Entre 2014 e 2015 disputou algumas partidas pela Seleção Brasileira Sub-20, mas após obter cidadania portuguesa, foi convocado por Portugal em 2021. Ele já acumula sete jogos e dois gols pelo país europeu.
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Jogadores naturalizados: regras da Fifa
Anteriormente, um jogo oficial já impedia o jogador de “trocar” de seleção. Porém, a Fifa revisou a regra em setembro de 2020. A partir de então, mesmo se o atleta disputar até três jogos oficiais ainda poderá solicitar a mudança.
Para isso, há algumas regras. Os jogos oficiais não poderão ser de Copa do Mundo, ou torneios continentais, como Copa América. E o jogador só estará apto para pedir a troca se tiver disputado estas partidas com menos de 21 anos. Em caso de amistosos, não há limite de idade.
Outra restrição importante é que o jogador já deve ter a cidadania do segundo país quando disputou uma partida pela primeira seleção. Além disso, deve aguardar um espaço de três anos para ser elegível a mudar de seleção.
Com a ausência da Itália na Copa do Catar, alguns jogadores brasileiros naturalizados ficaram de fora: Jorginho, meio-campista do Chelsea-ING, Rafael Tolói, zagueiro da Atalanta-ITA, e Emerson Palmieri, lateral-esquerdo do West Ham-ING.