Após derrota do voto impresso, Girão repete discurso de Bolsonaro e ataca TSE
O senador afirmou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) interfere na autonomia paralmentar e destacou que é preciso "colocar limites no ativisimo judicial"O senador Eduardo Girão (Podemos) criticou nesta quarta-feira, 11, a derrota da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso no plenário da Câmara dos Deputados. O parlamentar defendeu que a pauta, apoiada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), poderia ter sido aprovada caso o Congresso pudesse "decidir com verdadeira autonomia", sem interferência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"O voto auditável foi derrotado na Câmara, mas o resultado podia ser diferente se o Parlamento pudesse decidir com verdadeira autonomia, sem a indevida interferência do TSE. O episódio reforça a necessidade de colocarmos limites no ativismo judicial que tanto prejudica o Brasil", disso o senador.
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O voto auditável foi derrotado na Câmara, mas o resultado podia ser diferente se o Parlamento pudesse decidir com verdadeira autonomia, sem a indevida interferência do TSE. O episódio reforça a necessidade de colocarmos limites no ativismo judicial que tanto prejudica o Brasil.
Na última terça-feira, 10, Girão minimizou a polêmica envolvendo desfile de blindados em Brasília, realizado horas antes da PEC do voto impresso ser analisada pelo plenário da Câmara. A fala ocorreu no momento em que diversos senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid criticavam o evento, que contou com a participação de Bolsonaro e ministros de governo.
Após o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), chamar o ato de “cena patética” e “ataque à democracia”, o parlamentar cearense chegou até a dizer que os senadores críticos ao movimento estavam “certos”. Porém, ele destacou logo em seguida que “um erro não justifica outro erro”, e passou a criticar integrantes do Judiciário.
“O que a gente está vendo, e falo de forma muito serena, respeitando quem pensa diferente, é uma invasão de competência de alguns poderes sobre os outros. Com todo respeito ao nosso Supremo Tribunal Federal, mas ele tem se excedido. E não é de hoje, é de muito tempo”, disse Girão.
As críticas contra o Judiciário estão alinhadas com o que defende Bolsonaro. Para defender a pauta do voto impresso, o presidente tem lançado consecutivos ataques ao presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso e a outros membros do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Na semana passada, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a inclusão do presidente como investigado no inquérito que apura a divulgação de informações falsas; popularmente chamado de "inquérito das fake news". A apuração levará em conta os ataques, sem provas, feitos pelo presidente Bolsonaro às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral do País.