Vida&Arte
"Rua Augusta, 1029" e "Ilhas de Calor" vencem o Troféu Samburá
Concedido pela Fundação Demócrito Rocha e pelo Vida&Arte, o Troféu Samburá integra a grade de premiações do Cine Ceará - Festival Ibero-Americano de Cinema. "Rua Augusta, 1029" e "Ilhas de Calor" receberam prêmios por melhor direção e melhor curta-metragem, respectivamente
22:58 | 06/09/2019
"Rua Augusta, 1029" e "Ilhas de Calor" são os dois filmes vencedores do Troféu Samburá, premiação concedida pela Fundação Demócrito Rocha e pelo Vida&Arte na noite de encerramento do Cine Ceará. As premiações foram entregues na noite de hoje, 5, pela jornalista Cinthia Medeiros - que é editora chefe do Núcleo de Cultura e Entretenimento do O POVO. Diretores e integrantes das equipes de produção dos curtas-metragens receberam o troféu - criação do artista cearense Descartes Gadelha elaborado a partir do cesto usado por pescadores para guardar pescados e itens preciosos do ofício.
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Dirigido por Mirrah Iañez, "Rua Augusta, 1029" se destacou, segundo o corpo de jurados, “pelo deslocamento de imagens às vezes restritas a certos círculos para um contexto cinematográfico e pela força dessas imagens, sons e trabalho de montagem”, recebendo o prêmio de melhor direção. Já o curta "Ilhas de Calor", que tem direção de Ulisses Arthur, levou o prêmio de melhor filme “por uma construção fílmica impregnada pelos gestos de vida e de invenção - de si, dos outros e de contexto - realizados por uma juventude pulsante, enérgica e inspiradora, que sonha, cria e age em coletivo”. "É muito estimulante esse prêmio, foi nossa estreia aqui. É um filme em que a gente arrisca muita coisa e o prêmio é um estímulo para esses riscos e atrevimentos", celebrou o diretor do curta vencedor.
O Troféu Samburá, ícone criado na década de 1980, passou por período de hiato e voltou a compor a grade de premiações do Cine Ceará - Festival Ibero-Americano de Cinema em 2017. Desde então, retornou também a expectativa sobre quem serão os vencedores das duas categorias. O jornalista e crítico de cinema Frederico Fontenele foi coordenador do prêmio por 23 anos, e co-criador, ao lado de Wilson Baltazar e Nirton Venâncio. Foi Darcy Costa quem teve a ideia de nomear o prêmio desta forma.
“No ano em que completa trinta anos, o Vida&Arte reforça seus laços com o Cine Ceará - evento que está na vigésima nona edição. Nascidos na mesma terra e com suas narrativas e substâncias sempre entrelaçadas, o caderno e o festival lançam, agora, um olhar maduro e profundo para as produções apresentadas”, reforça Cinthia Medeiros, editora do Vida&Arte.
Nesta edição, o júri foi composto por especialistas na linguagem audiovisual e admiradores da sétima arte - que fizeram um refinado trabalho de análise dos curtas-metragem participantes. O corpo de jurados é presidido pelo jornalista João Gabriel Tréz e tem como integrantes: o crítico de cinema e editor do O POVO André Bloc; a repórter do Vida&Arte e mestre em Comunicação Bruna Forte; o crítico de cinema PH Santos; e a editora-executiva da Editora Dummar e mestre em Literatura Regina Ribeiro.
Desde o retorno, há dois anos, o Troféu Samburá já agraciou seis produções. Em 2017, a categoria de melhor curta-metragem foi para "Valentina", de Estevão Meneguzzo e André Félix, e o prêmio de melhor direção foi concedido a Andreia Pires e Leonardo Mouramateus, por "Vando Vulgo Vedita". Já em 2018, foi a vez de "O Vestido de Myrian", de Lucas H. Rossi, receber o prêmio de melhor curta-metragem, e Guilherme Gehr receber a condecoração por melhor direção pelo filme "Plantae".
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