Noticias
Estudo aponta eficácia em medidas de isolamento do governo Camilo
O estudo mostra que, apesar do crescimento recente de casos, a velocidade de disseminação da doença já apresentou queda após a adoção das medidas
13:14 | 25/03/2020
Uma análise de dados do Instituto Ampla Pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 25, aponta que medidas de isolamento social tomadas pelo governo Camilo Santana (PT) têm apresentado resultado na contenção da disseminação do novo coronavírus no Ceará.
O estudo, que tem base em dados secundários da evolução da covid-19 divulgados pelo governo do Estado, mostra que, apesar do crescimento recente de casos no Estado, a velocidade de disseminação da doença já apresentou queda após a adoção das medidas.
“O número de casos vai aumentar, isso não tem jeito. Mas o que precisamos ver é se eles vão estourar, por isso é importante avaliar a velocidade de crescimento entre os dias”, destaca o estatístico Nonato Castro, que coordenou o estudo. A análise destaca que, desde o dia 22, o estado vem obtendo seguidas quedas no ritmo de progressão do vírus de um dia para o outro.
Em 20 de março, dia em que o governador determinou quarentena no Estado, o número de casos confirmados foi 283,33% maior do que o de 19 de março. Já em 22 de março, o número era apenas 148,81% maior do que no dia anterior, reduzindo para 131,2% e 112,8%, nos dias posteriores. “O que vemos é que a velocidade de novos casos tem caído”, diz Nonato.
Segundo Agliberto Ribeiro, diretor do Instituto Ampla, a análise “mostra claramente que o modus operandi do governador vem surtindo efeito. No início, muito se questionou sobre se de fato era o momento correto de fazer o isolamento. Mas a gente consegue provar, através desses dados, que a evolução da pandemia vem baixando a taxa de crescimento”.
O diretor destaca que, caso consiga controlar o surgimento de novos casos, o Estado terá mais chance de evitar histeria e pânico. “Se a população for para a rua novamente, ela pode colocar em risco todas as atitudes que foram tomadas até aqui. Não vão ser mais três ou quatro dias que vão fazer a economia colapsar”, diz.