Politica

CPI do Motim é instalada na Assembleia; Salmito Filho presidirá o grupo

Após votação, deputados elegeram os deputado Queiroz Filho (PDT) e Elmano de Freitas (PT) como, respectivamente, vice-presidente e relator da comissão

13:17 | 26/08/2021

A Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) instalou, nesta quinta-feira, 26, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Motim para investigar o financiamento de associações de policiais militares no Estado. Na ocaisão, por 8 votos favoráveis e uma abstenção, os deputados da Casa elegeram o deputado Salmito Filho (PDT) como presidente do colegiado.

Com o mesmo placar, os parlamentares elegeram o deputado Queiroz Filho (PDT) para vice-presidência e, após indicação do deputado Nizo Costa, o deputado Elmano de Freitas (PT) como relator da CPI. As reuniões da comissão serão realizadas às terças-feiras, a partir das 9h30min. O prazo das investigações é de 120 dias, podendo ser renovado pelo mesmo período.

"Minha primeira palavra é de agradecer a confiança. Procurar aqui exercer esse papel com a máxima serenidade, diálogo e transparência para que os trabalhos dessa comissão possam servir ao objetivo principal do foco do inquérito e ao mesmo tempo ao interesse da população cearense", disse Salmito em plenário.

Sobre as rotas de investigação, o pedetista alegou que deve contar com a contribuição não apenas dos membros do colegiado, mas de todos os deputados da Casa. “Dentro do foco e objetivo definido, tudo será e deverá ser levado não só em pauta, mas deve ser trabalhado para ser esclarecido”, destacou o presidente. 

Segundo Elmano, a primeira reunião da comissão da próxima semana deve abrir um debato para a construção de plano de trabalho a ser cumprido pelos deputados. "Vamos definir se serão uma ou duas reuniões por semana, o horário, as primeiras inciativas, os requerimentos que poderão de ser apresentados e de oitivas de pessoas", disse o relator.    

Nesta terça-feira, 24, os deputados definiram os membros titulares e suplentes que devem dar prosseguimento aos trabalhos. A oposição indicou dois deputados para formar a comissão. Enquanto isso, a base aliada do governo enviou 16 parlamentares. 

A formação, anunciada pelo presidente da Casa, deputado Evandro Leitão (PDT), respeita a seguinte composição:

Oposição
Titular/suplente

Soldado Noelio (Pros) / Delegado Cavalcante (PSL)

Base 
Titular/suplente

Davi de Raimundão (MDB) / Edilardo Eufrásio (MDB)

Romeu Aldigueri (PDT) / Jeová Mora (PDT)

Salmito Filho (PDT) / Guilherme Landim (PDT)

Queiroz Filho (PDT) / Oriel Nunes Filho (PDT)

Augusta Brito (PCdoB) / Delegado Diego Barreto (PTB)

Nizo Costa (PSB) / Osmar Baquit (PDT)

Elmano de Freitas (PT) / Guilherme Sampaio (PT)

Marcos Sobreira (PDT) / Tin Gomes (PDT)

A abertura da CPI tem como base uma reportagem do O POVO publicada no dia 9 de agosto. O material revelou uma ordem da Justiça para quebra de sigilos fiscal e bancário de pessoas físicas e jurídicas em apuração sobre o motim de 2020. Protocolada ainda em fevereiro do ano passado pelo deputado Romeu Aldigueri (PDT), o pedido contou com assinaturas de 31 parlamentares.

A bancada de oposição, contudo, manteve suas críticas à CPI. "O Ceará está dominado pelas facções, o governo não tem uma estratégia para resolver isso, então está mudando o foco. A gente vai estar presente para acompanhar, fazer um contraponto, avaliar e tomar as posições que tiverem que ser tomadas, destacou o deputado Soldado Noelio (Pros).