Léo registra Boletim de Ocorrência por racismo sofrido no Athletiba e dá forte depoimento

Zagueiro do Athletico compareceu à Demafe na manhã desta segunda-feira (27), no bairro São Francisco, em Curitiba

O zagueiro Léo registrou o Boletim de Ocorrência sobre o racismo sofrido durante o primeiro Athletiba do ano, no último sábado, dia 25. O defensor do Athletico compareceu à Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe), em Curitiba, na manhã desta segunda-feira, 27, e falou brevemente com a imprensa presente no local.

Léo tentou registrar o B.O. na Demafe do Couto Pereira logo após o jogo, mas alegou não ter encontrado agentes no local. Versão controversa à do delegado Luiz Carlos de Oliveira, que participa da investigação para identificar o agressor. O zagueiro ficou recluso na companhia de familiares desde o ocorrido.

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“Difícil. Nada fácil. Mas isso tem que ser feito. Luto muito contra essa causa e, infelizmente, passar por isso não é legal. Fiquei muito próximo da minha família nesse momento difícil. Agora, tenho que fazer o necessário para que essa pessoa não cometa mais isso com ninguém. Sim, tenho recebido apoio do Athletico e do grupo, quero agradecer por todo apoio. Quero levantar a cabeça, continuar trabalhando, mas, antes, fazer o que tem que ser feito”, e completou:

“Como disse, não está fácil, mas estou perto da minha família. Deixo isso muito claro, não podemos ocupar lugar de vítima em nenhum momento, acho que temos que lutar para que essa pessoa pague por seus atos. A gente só pede respeito e igualdade. Só isso. E justiça”, se pronunciou.

Léo sofre racismo em clássico

Um homem, ainda não identificado, gravou o momento em que o zagueiro deixava o campo após expulsão ainda no primeiro tempo do Athletiba, no Couto Pereira. O torcedor do Coxa passou, então, a proferir diversas ofensas raciais contra o atleta em meio à confusão no gramado.

“Macaco não se cria no Couto Pereira. Vai embora, Léo Pelé, seu preto. Macaco do cara***. Olha para cá, seu macaco”, gritava o agressor.

Conforme mencionado, o defensor tentou denunciar o caso ainda no estádio, mas não encontrou agentes disponíveis para tal. Ele usou as redes sociais momentos após o ocorrido para reiterar seu compromisso com a luta antirracista: “Não deixarei passar”.

“Inadmissível enfrentar tamanho desrespeito, como o preconceito que sofri hoje no ‘Athletiba’. Racismo é crime! Não aceito e não deixarei passar! Vou tomar as medidas possíveis contra quem fez isso. Quem gritar ofensa racista comete crime. Mas quem escuta e finge que nada aconteceu também tem culpa”, escreveu.

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