Flamengo adia assinatura do termo final de acordo por terreno do estádio

Nova diretoria do clube contrata estudo para analisar viabilidade da obra do estádio e quer entender cenário para seguir com projeto

A nova diretoria do Flamengo pediu o adiamento da assinatura do termo final do acordo pela compra do terreno do Gasômetro, onde ficará o estádio do clube. Isto aconteceu porque o presidente do clube, Bap, contratou um estudo sobre a viabilidade da obra e quer entender o cenário antes de seguir com o projeto de construção da arena.

O Flamengo o arrematou o terreno do Gasômetro em leilão em julho, pagando R$ 138,2 milhões e mais R$ 7,8 milhões após perícia. No entanto, a Caixa Econômica Federal não concordou com a quantia e entrou na Justiça. A partir disso, aconteceu uma mediação envolvendo a Prefeitura do Rio, a Advocacia-Geral da União (AGU), o Flamengo e a Caixa. No fim, o Rubro-Negro se comprometeu a pagar uma complementação de R$ 23 milhões, de forma parcelada, pelos próximos cinco anos.

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No início de outubro, foi assinado um pré-acordo que deveria ter assinatura no início de janeiro. Contudo , não ocorreu. A nova diretoria pediu um prazo de 90 dias. A AGU acatou a solicitação.

Por fim, o Flamengo ainda enfrenta mais um impasse sobre estrutura de gás no local. Naturgy, Agenersa, Prefeitura e o clube tentam entrar em um denominador comum.

O imbróglio envolvendo o estádio do Flamengo

Desde o ano passado, a Naturgy acionou a Agenersa sobre a estrutura de gás existente no local. A Naturgy, responsável pelo fornecimento de gás encanado, informou à agência reguladora do setor que o terreno abriga uma grande estrutura de distribuição que atende 400 mil residências no Rio.

Em dezembro, o conselho-diretor da Agenersa decidiu que não há possibilidade de coexistirem, no mesmo espaço, um estádio para 70 mil pessoas e o equipamento de distribuição de gás. Segundo a decisão, a responsabilidade pelo remanejamento das estruturas de gás seria da Naturgy.

Já em 15 de novembro, o Flamengo endureceu o discurso. Em ofício com a assinatura de Rodolfo Landim, o clube afirmou que a Agenersa não tem competência para interferir em suas decisões. Em resumo: o clube não aceitará ser impedido de construir o estádio no Gasômetro. Além disso, o clube argumentou que a Prefeitura do Rio já garantiu que o custo de transferência das estruturas de gás não será do Flamengo, mas sim do município. Eduardo Paes confirmou a promessa, mas não detalhou os valores.

Por fim, Prefeitura, Flamengo e Naturgy seguem tratando o tema nos bastidores. Além disso, o pré-acordo com a Caixa também depende da aprovação de leis na Câmara de Vereadores. No entanto, o assunto está distante de se concretrizar.

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