Cinco vezes que a mística do Morumbi ajudou o São Paulo na Libertadores
Tricolor encara o Botafogo nesta quarta-feira, em seu estádio, precisando mais uma vez da sua tradição na competição para ir à semifinal
14:58 | Set. 25, 2024
”Não existe nada do que uma noite de Libertadores do São Paulo no Morumbi”.
A frase é dita por todos os torcedores do São Paulo em noite de Libertadores. Nesta quarta-feira (25/9), contra o Botafogo, no Morumbis, o Tricolor terá a missão de provar o motivo de ter uma mística especial com a competição continental.
Muitos falam que foi o São Paulo que colocou a Libertadores como um objeto de conquista. Mesmo não sendo o primeiro brasileiro a conquistá-la. Muito por conta de noites históricas em seu estádio. Assim, o Jogada10 relembra cinco vezes que o Tricolor fez o Morumbis pulsar em noite.
A primeira a gente nunca esquece
Muito se fala da mística entre São Paulo e Libertadores por conta da primeira conquista. Isso porque teve muita tensão e drama. Em 1992, o Tricolor chegou à final e tinha pela frente o Newell’s Old Boys. A derrota por 1 a 0 no jogo de ida, na Argentina, pressionava o time por uma virada no Morumbi. Sem conseguir criar chances, o time de Telê Santana virou o intervalo no empate sem gols. Até que o treinador colocou Macedo no lugar de Müller. Logo na sequência, Macedo fez jogada dentro da área e foi derrubado: pênalti convertido por Raí.
A vitória por 1 a 0 no tempo normal levou a decisão da taça para os pênaltis, e Zetti brilhou. Ele pegou a cobrança decisiva de Gamboa e definiu o título, pintando a América de tricolor pela primeira vez.
Duas vezes seguidas são para poucos
Conquistar a América uma vez não era o suficiente. O São Paulo queria mais. Assim, a equipe chegou novamente na final em 1993, desta vez para encarar a Universidad Católica, do Chile. No primeiro jogo, uma derrota por 2 a 0 em território chileno. Contudo, o que tinha tudo para ser um drama virou um verdadeiro baile.
Isso porque o São Paulo venceu a Universidad Católica por 5 a 1, com gols de Vítor, Gilmar, Raí, Müller e López, este contra. Assim, com um desempenho espetacular, a América foi Tricolor pela segunda vez consecutiva.
São Paulo tricampeão
Em 2005, São Paulo e Athletico Paranaense fizeram a grande decisão do torneio continental. O jogo de ida terminou empatado por 1 a 1 no Beira-Rio, local onde o então Atlético-PR (hoje Athletico) teve de mandar a partida por não ter na época um estádio que cumprisse os requisitos do regulamento para sediar uma final da Libertadores. No duelo de volta, mais de 70 mil pessoas no Morumbi viram a goleada por 4 a 0. O Tricolor tornou-se tricampeão da América, e Rogério Ceni levantou a taça da Libertadores.
O Morumbi acreditou quando ninguém mais acreditava
Em 2013, o São Paulo não vivia o seu melhor momento. Com atuações ruins e um time com desempenho muito abaixo, a equipe chegou na última rodada da fase de grupos precisando de uma vitória para ir às oitavas de final. Contudo, o adversário era o Atlético-MG, time sensação da época, comandado por Ronaldinho Gaúcho.
Muitos já davam o São Paulo como eliminado da competição, já que o Galo jogava um futebol muito superior. Contudo, com um Morumbi lotado, o Tricolor lutou contra todas as expectativas e venceu a partida por 2 a 0, com gols de Rogério Ceni e Ademilson, avançando para as oitavas de final.
Morumbi cria novo personagem do São Paulo na Libertadores
Nosso último relato acontece em 2016. O São Paulo, na época comandado por Edgardo Bauza, fez novamente uma fase de grupos ruim. Após três partidas, a equipe somava apenas dois pontos e via suas chances de classificação ficarem cada vez menores. O jogo ”da vida” do Tricolor aconteceria no Morumbi, contra o poderoso River Plate.
Novamente com o estádio lotado e pulsando, o São Paulo viu um novo personagem místico de Libertadores surgir: Jonathan Calleri. O jogador, que havia chegado do Boca Juniors, maior rival do River Plate, marcou duas vezes e garantiu a vitória Tricolor por 2 a 1.
O resultado fez com que o São Paulo chegasse com vida na última rodada da fase de grupos e se classificasse. O Tricolor, aliás, chegaria até a semifinal daquela competição, com outras partidas históricas dentro de seu estádio.
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