Após abandonar luta, italiana nega boicote a boxeadora reprovada em teste de gênero
Angela Carini explicou o motivo que a fez desistir do confronto com Imane Khelif, nesta quinta-feira (01), aos 46 segundos de lutaA luta entre a italiana Angela Carini e a argelina Imane Khelif, pela primeira rodada da categoria até 66kg do boxe, durou apenas 46 segundos. Isso porque a boxeadora da Itália abandonou o duelo alegando dores intensas no nariz após golpes da adversária – uma das pugilistas reprovadas em teste de gênero.
Em 2023, Imane Khelif acabou desclassificada do campeonato mundial de boxe por não cumprir regras de elegibilidade da IBA (International Boxing Association). A associação impede a participação de atletas com cromossomos XY em eventos femininos. Contudo, o Comitê Olímpico Internacional, o COI, considerou a boxeadora elegível para competir em Paris.
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Boxeadora italiana abandona luta
Angela Carini, no entanto, garante que a desistência não teve qualquer relação com o caso envolvendo Khelif. Segundo a italiana, o abandono ocorreu por causa das dores intensas no nariz após os primeiros golpes sofridos durante a luta.
Carini havia paralisado a luta com 30 segundos para ir ao corner ajustar o capacete. Na sequência, 16 segundos depois, não conseguiu controlar as dores e desistiu do confronto. Sendo assim, Khelif avançou à próxima fase nas Olimpíadas de Paris.
Para italiana, contudo, a desistência não significou uma derrota, mas sim uma decisão de mulher madura. Carini não escondeu a tristeza com a eliminação, mas, por outro lado, mostrou-se orgulhosa de seu desempenho.
“Para mim, não é uma derrota. Para mim, quando você sobe nessas cordas, você já é uma guerreira, você já é uma vencedora. Independentemente de tudo, está tudo bem, tudo bem assim. Eu não perdi esta noite… Eu só fiz meu trabalho como lutadora. Entrei no ringue e lutei. Não consegui. Estou saindo com a cabeça erguida e o coração partido”, e concluiu:
“Sou uma mulher madura. O ringue é minha vida. Sempre fui muito instintiva. E quando sinto que algo não está certo, não é desistir. É ter maturidade para parar. É ter maturidade para dizer: ‘OK, já chega’.”
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