A questão do "suicídio assistido" tem gerado debates no Canadá, país em que esse tipo de procedimento é legalizado.
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Em entrevista à BBC News, uma artista de 39 anos chamada April Hubbard, que vive em Halifax, revelou que planeja morrer em breve por meio da Assistência Médica para Morrer (MAID, na sigla em inglês).
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Apesar de não ter uma doença terminal, April sofre com dores crônicas intensas devido à espinha bífida e tumores na coluna, e afirma não ter mais qualidade de vida.
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O Canadá possui uma das legislações mais liberais do mundo em relação à eutanásia, permitindo desde 2021 que pessoas com condições graves e incuráveis — mesmo que não terminais — solicitem o procedimento.
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Antes, desde 2016 o processo era permitido apenas em casos de doenças terminais.
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Em breve, o país também pretende liberar a prática para pessoas com transtornos mentais.
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A prática, no entanto, gera debates. Defensores argumentam que essa é uma escolha pessoal e controlada.
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Por outro lado, críticos alertam para o risco de a morte se tornar um atalho frente à falta de suporte adequado para pessoas com deficiências e doenças crônicas.
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Somente em 2023, cerca de 15 mil pessoas utilizaram a MAID no Canadá.
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O processo, geralmente conduzido por médicos ou enfermeiros, é rápido e feito com o consentimento do paciente até o último momento.
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Atualmente, o Parlamento britânico também debate a legalização da morte assistida na Inglaterra e no País de Gales, com propostas mais restritivas que as do Canadá, exigindo prognóstico de seis meses de vida e autoadministração do medicamento.
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Críticos da morte assistida no Canadá também alertam que o sistema está sendo usado como uma alternativa barata à assistência social e médica adequada.
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A médica Ramona Coelho, que atende pacientes vulneráveis em Ontário, afirma que o país perdeu o controle sobre o uso da eutanásia, tratando casos de sofrimento e pensamentos suicidas como pedidos legítimos para morrer, em vez de oferecer suporte e cuidados.
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A BBC também menciona o caso de Vicki Whelan, cuja mãe, com câncer terminal, foi repetidamente incentivada no hospital a escolher a morte assistida, o que a família considerou inadequado e insensível.
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Isso nos faz pensar que não conseguimos aguentar, que não podemos sofrer um pouco e que, de alguma forma, agora foi decidido que a morte precisa ser assistida, disse Vicki.
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De repente, agora estamos dizendo às pessoas que essa é uma opção melhor. Esta é uma saída fácil, e acho que está simplesmente roubando a esperança das pessoas, completou.
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O Canadá é apontado por críticos como exemplo do “efeito bola de neve” na morte assistida, já que seus critérios de elegibilidade se ampliaram muito desde a legalização.
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Na Grã-Bretanha, as cortes têm deixado a decisão sobre mudanças nas leis de morte assistida para o Parlamento, após casos de pessoas que argumentaram que a proibição violava seus direitos humanos.
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April Hubbard reconheceu que sua escolha pela morte assistida pode ser questionada, mas explica que seu sofrimento é intenso e constante: Não é assim que eu quero viver por mais 10, 20 ou 30 anos.
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