Um estudo publicado na revista New Phytologist revelou que algumas árvores tropicais, especialmente a Dipteryx oleifera, não apenas sobrevivem a raios como também "tiram proveito" deles.
/ Crédito: Divulgação/Evan Gora/Instituto Cary de Estudos do Ecossistema
A pesquisa foi conduzida pelo ecologista florestal Evan Gora, do Instituto Cary de Estudos do Ecossistema, no Panamá.
Crédito: Divulgação/Evan Gora/Instituto Cary de Estudos do Ecossistema
O resultado mostrou que a Dipteryx oleifera sofre poucos danos quando eletrocutada, ao contrário de outras espécies, que frequentemente morrem.
Crédito: Reprodução/Evan Gora
Além disso, os raios eliminam lianas parasitas (reduzindo infestações em 78%) e matam árvores vizinhas, reduzindo a competição por luz e nutrientes.
Crédito: Reprodução/Evan Gora
Como a Dipteryx oleifera é mais alta e tem copas largas, sua probabilidade de ser atingida por raios é 68% maior.
Crédito: Reprodução/Evan Gora
No entanto, sua resistência lhe confere vantagens reprodutivas (aumentando sua capacidade de reprodução em 14 vezes).
Crédito: Reprodução/Evan Gora
O estudo sugere que essas árvores podem ter evoluído para aproveitar os relâmpagos como parte de sua estratégia de sobrevivência.
Crédito: Reprodução/Evan Gora
Os pesquisadores agora investigam quais características tornam essas árvores resistentes aos raios e se outras espécies também compartilham essa habilidade.
Crédito: Reprodução/Evan Gora
Estima-se que cada árvore seja atingida por um raio a cada 56 anos, e algumas já resistiram a múltiplos impactos.
Crédito: blahidontreallycare/wikimedia commons
Por outro lado, espécies que são prejudicadas pelos raios perdem 5,7 vezes mais folhas das suas copas. Além disso, 64% delas morrem em até dois anos.
Crédito: Sanket Jawali/Unsplash
A Dipteryx oleifera, também conhecida como almendro ou tonka, é uma árvore tropical nativa da América Central e do Norte da América do Sul, incluindo países como Panamá, Costa Rica, Colômbia e Venezuela.
Crédito: Reprodução/Evan Gora
Essa árvore pode atingir alturas superiores a 40 metros e desenvolver copas largas e densas, o que a torna uma das espécies dominantes nessas florestas tropicais.
Crédito: Reprodução
Além de seu papel ecológico, a Dipteryx oleifera tem importância econômica e cultural: sua madeira é resistente e valorizada na construção civil e na marcenaria.
Crédito: Pexels/Pixabay
As sementes dos seus frutos são comestíveis, sendo utilizadas na culinária local e na alimentação animal.
Crédito: engin akyurt/Unsplash
Com isso, a Dipteryx oleifera serve de abrigo e alimento para diversas espécies, incluindo morcegos, aves e roedores que consomem seus frutos.
Crédito: Hans Veth/Unsplash
Apesar de sua resistência, a Dipteryx oleifera enfrenta ameaças como o desmatamento e a exploração madeireira ilegal.
Crédito: Couleur/Pixabay