O pedágio na Transolímpica, que liga o Recreio dos Bandeirantes a Magalhães Bastos, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ), recebeu reajuste no fim de fevereiro.
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A tarifa para carros subiu de R$ 7,80 para R$ 8,95 — um aumento de R$ 1,15. O último reajuste ainda datava de 2020. Porém, este ainda não chega perto dos pedágios mais caros do país.
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O valor cobrado em pedágios do Brasil muitas vezes é questionado por motoristas em razão do alto custo das tarifas.
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Por outro lado, as empresas se impõem defendendo as tarifas como forma de custear a manutenção das rodovias que elas administram num sistema de concessão. O pedágio é cobrado baseado na Tarifa Quilométrica (TQ), que é basicamente o que custeia cada km da rodovia.
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Cada praça de pedágio tem uma cobertura específica, abrangendo a extensão que vai de determinado ponto a outro, com o cálculo baseado nas exigências de manutenção e nos serviços prestados.
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Com isso, uma mesma estrada pode ter mais de uma praça de pedágio, ou seja, o motorista paga mais de uma vez dependendo do seu trajeto.
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Dessa forma, vamos ver quais são os preços de alguns dos pedágios mais caros do Brasil para carros de passeio, de acordo com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
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Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) - R$ 36,80. Desde 1º de julho de 2024, os valores para veículos de dois eixos (de passeio) passaram de R$ 35,30 para R$ 36,80.
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Bandeirantes e Anhanguera (SP) - R$ 28,50 a cada 100 km. As rodovias fazem ligação entre cidades do interior paulista, como Campinas, Jundiaí, Limeira, Piracicaba e Ribeirão Preto.
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Via Lagos (RJ) - R$ 18,10 (seg. a sex.) e R$ 30,20 (fins de semana e feriados nacionais) - A rodovia RJ-124 dá acesso à Região dos Lagos, onde ficam cidades litorâneas de apelo turístico, como Cabo Frio, Arraial do Cabo e Búzios.
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Castello Branco e Raposo Tavares (SP) - R$ 25,12 a cada 100 km. Liga a capital paulista ao interior do estado e passa por cidades como Osasco, Barueri, Sorocaba, Itu, Tatuí, Bauru, Marília e Presidente Prudente. É esperado, porém, que seu valor caia a partir de abril de 2025.
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Rio-Teresópolis (RJ) - R$ 21,00. A concessão é da EcoRioMinas, com o trecho fazendo parte do grupo EcoRodovias. Corta regiões como Magé, Guapimirim e Teresópolis, na região serrana do Rio.
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O pedágio existe no Brasil desde o século 18, quando a Coroa Portuguesa decidiu que a Rota dos Tropeiros só poderia ser aberta se desse lucro.
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Um dos objetivos era a reconstrução de Lisboa, a capital portuguesa, devastada por um terremoto em 1755. A gravura em cobre, de 1755, de autor desconhecido, mostra Lisboa em chamas e o tsunami inundando o porto.
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A Rota dos Tropeiros tinha três pontos de cobrança ao longo do Caminho de Viamão, que ligava o Rio Grande do Sul a Sorocaba (SP).
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Era preciso pagar 2,5 mil réis por cada mula e 2 mil réis por cavalo, no Rio Pelotas (entre SC e RS), nas margens do Rio Iguaçu (PR) e em Sorocaba (SP).
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Hoje, a Rota dos Tropeiros é lembrada com monumentos no Sul e no Sudeste do Brasil. Entre eles, este monumento no município de Telêmaco Borba, no Paraná.
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O pedágio feito da forma como é hoje nasceu no Programa de Concessões de Rodovias, no Governo Fernando Henrique Cardoso, em 1995.
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Em tese, o objetivo é garantir a manutenção das estradas, reduzindo o risco de acidentes, e também fazendo operações especiais em períodos de maior movimento, como os feriados prolongados.
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Além disso, as concessionárias devem prestar assistência 24 horas, com telefone disponível para pedido de socorro incluindo reboque e serviços de emergência médica.
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Já está em fase de testes em algumas cidades brasileiras o pedágio chamado de free-flow (fluxo livre, em português), aprovado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
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O novo modelo permite que os motoristas passem direto, sem necessidade de parada. Depois, haverá um prazo de 30 dias para pagamento por aplicativo ou sites das concessionárias. A cobrança será apenas pela quilometragem percorrida.
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