Empresa alemã congela pacientes para ressuscitá-los no futuro; entenda 11:28 | 22/01/2025 Autor Flipar Flipar Autor Ver perfil do autor Tipo Notícia O desenvolvimento de um procedimento que tentaria "enganar a morte" tem gerado debate na Alemanha e no meio científico. / Crédito: Brett Sayles por pexels Desenvolvida pela startup alemã Tomorrow Bio, o primeiro laboratório de criônica — processo de congelamento de cadáveres — da Europa congela pacientes após a morte com o objetivo de trazê-los de volta à vida futuramente. Crédito: Reprodução/Tomorrow Bio A empresa foi cofundada pelo brasileiro Fernando Azevedo Pinheiro, juntamente com Emil Kendziorra. Crédito: divulgação/Tomorrow Bio A startup já teria criopreservado (congelado) seis pessoas e cinco animais de estimação, além de ter cerca de 700 clientes cadastrados. Crédito: reprodução Apesar da criônica existir há quase 50 anos, o interesse pela técnica tem crescido nas últimas décadas. Crédito: reprodução O processo para ter o corpo congelado e ressuscitado pela empresa alemã tem um custo alto: US$ 200 mil (cerca de R$ 1,2 milhão). Crédito: Brett Hondow por Pixabay Em 2025, a Tomorrow Bio pretende expandir suas operações para todas as regiões dos Estados Unidos. Crédito: reprodução O processo de criônica tem início quando um médico dá a confirmação de que um paciente cadastrado está nos seus últimos dias de vida. Crédito: Alexander Grey/Pixabay A empresa realiza a criopreservação no próprio local, com uma ambulância adaptada. Contudo, ninguém foi ressuscitado com sucesso até hoje. Crédito: montagem/reprodução De acordo com Clive Coen, professor de neurociência da Universidade King's College London, no Reino Unido, o conceito é absurdo. Crédito: wikimedia commons/www.CGPGrey.com Ele argumenta que não há evidências de que organismos complexos, como seres humanos, possam ser revividos sem danos cerebrais graves. Crédito: Freepik Apesar das críticas, a empresa segue com suas ambições, inspirada em casos como o da sueca Anna Bagenholm, que aconteceu em 1999, na Noruega. Crédito: reprodução/youtube Ela sofreu um acidente enquanto praticava esqui na neve durante as férias e ficou presa durante 80 minutos na água congelada. Depois, teve uma parada cardiorrespiratória e morreu. Crédito: Flickr Mihály Sági Anna Bagenholm foi reanimada após passar duas horas clinicamente morta. Crédito: reprodução/youtube Após acordar paralisada do pescoço para baixo, ela passou dois meses em cuidados intensivos e se recuperou quase totalmente, embora tenha ficado com leves sequelas nas mãos e pés. Crédito: insung yoon Unsplash Durante o procedimento da empresa alemã, os corpos são resfriados abaixo de zero, mas sem congelamento, para evitar a formação de cristais de gelo que destruiriam os tecidos. Crédito: reprodução A água corporal é substituída por um fluido crioprotetor à base de dimetilsulfóxido (DMSO) e etilenoglicol. Em seguida, o corpo é resfriado rapidamente até -125°C e, depois, lentamente até -196°C. Crédito: freepik Por fim, o paciente é armazenado em uma unidade na Suíça, onde permanece em espera. Segundo Emil Kendziorra, a ideia é que, no futuro, avanços médicos tornem curáveis as doenças que causaram suas mortes e permitam reverter a criopreservação. Crédito: reprodução Não há previsão de quando isso será possível, mas Kendziorra acredita que o estado de preservação pode ser mantido indefinidamente, desde que a temperatura adequada seja mantida. Crédito: reprodução Defensores comparam a criônica a outros avanços médicos inicialmente rejeitados, como transplantes de órgãos. Crédito: Piron Guillaume Unsplash Questões éticas, custos altos e a falta de garantias alimentam debates em torno do tema. Mesmo assim, clientes veem a criônica como uma chance mínima, mas valiosa, de viajar no tempo. Crédito: reprodução Ter uma pequena chance de voltar, em vez de não ter chance nenhuma, parecia ser uma escolha lógica, afirmou Louise Harrison, de 51 anos, que paga cerca de US$ 87 (R$ 525) por mês pelo cadastro no programa. Crédito: reprodução Empresas como a norte-americana Cryonics Institute, que existe desde 1976, reportam crescimento no interesse, impulsionado por eventos como a pandemia de covid-19. Crédito: divulgação/Cryonics Institute Agora, a Tomorrow Bio visa preservar estruturas neurais e alcançar a criopreservação reversível até 2028. Estou bastante confiante em dizer que a probabilidade é maior do que a cremação, se não houver mais nada, ressaltou Kendziorra. Crédito: divulgação/tomorrow bio Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente Tags Notícias