O consagrado fotógrafo Sebastião Salgado terá uma nova exposição em Paris entre os dias 23 de janeiro e 15 de março. Trata-se de “Genesis Platinum”, atração da Galerie Polka, que contará com a presença do artista brasileiro na abertura.
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A exposição apresenta uma seleção de “Genesis”, coleção imagens de fotografias de paisagens e pessoas em preto e branco. Nessa série, e também em “Amazônia”, o fotógrafo direcionou suas lentes para os povos originários e à natureza. Será a nona vez que Sebastião Salgado expõe suas obras na Galerie Polka - a última havia sido “Magnum Opus”, em 2023.
Crédito: Instagram @sebastiaosalgadooficial
Em junho de 2024, Sebastião Salgado conquistou mais um importante reconhecimento em sua carreira: o jornal americano The New York Times incluiu uma foto dele na seleção de 25 imagens que definem a Era Moderna.
Crédito: Steve Jurvetson/Wikimedia Commons
Foram selecionadas fotos feitas a partir de 1955 sobre momentos marcantes desse período da história mundial. A foto de Salgado retrata trabalhadores em uma área de garimpo de Serra Pelada, no Pará, em 1986. Ela mostra a busca do ouro por homens em condições degradantes.
Crédito: Divulgação New York Times foto de Sebastião Salgado
Recentemente, Salgado decidiu retirar-se do trabalho de campo para voltar esforços à edição de seu imenso acervo, que passa de 500 mil fotos.
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O artista, que completou 80 anos em 2024, fez a revelação nos novos rumos jornal inglês The Guardian.
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Reconhecido como uma das maiores referências do fotojornalismo mundial, o brasileiro se notabilizou por uma obra de caráter humanista, que documenta e denuncia situações de desrespeito aos direitos do homem e também a sua relação com natureza e meio-ambiente.
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Durante cinco décadas, Sebastião Salgado viajou por mais de 130 países documentando guerras e crises humanitárias por meio de imagens capazes de causar comoção e perplexidade.
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“Eu acabei de fazer 80 anos. Meus projetos fotográficos levam de seis a oito anos para serem completados. Se eu começar um grande projeto agora, talvez eu morra antes de terminar, declarou o mineiro de Aimorés em entrevista à Folha de S.Paulo.
Crédito: Flickr Edmond Terakopian
A organização Mundial da Fotografia, sediada em Londres, homenageou Sebastião Salgado em 2024 com o prêmio de “contribuição notável para a fotografia” no prestigioso Sony World Photograph Awards.
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Também no ano passado, o Museu da Imagem e do Som reuniu numa exposição fotos de Salgado sobre a Revolução dos Cravos, que deu cabo da ditadura salazarista em Portugal em 1974.
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Na época, Salgado estava exilado em Paris com a mulher Lélia Wanick, pianista e arquiteta que hoje administra o estúdio do fotógrafo na capital francesa.
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Sebastião Salgado foi a Portugal e às então colônias lusas Angola e Moçambique a fim de registrar os levantes que encerrariam o regime de 40 anos.
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O prestígio conquistado pelo registro da Revolução dos Cravos o levou a trabalhar em agências europeias. Em 1979, Salgado integrou a cooperativa Sygma, que tinha nomes ilustres da fotografia, como Robert Capa e Henri-Cartier Bresson.
Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil
Entre as séries fotográficas de maior impacto produzidas por Sebastião Salgado no período está “Êxodus”, que registra o drama dos fluxos migratórios a partir de viagens de seis anos por 40 países.
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Salgado descreveu em livro a obra “Êxodus” como “uma história perturbadora, pois poucas pessoas abandonam a terra natal por vontade própria”. A câmera capta migrantes, refugiados e exilados tentando vencer a pobreza e as guerras.
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Em 1978, Sebastião Salgado fez um trabalho documental sobre um conjunto de grandes blocos de apartamento ocupados por imigrantes em La Courneuve, no subúrbio de Paris.
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Sobre La Courneuve, Salgado comentou na revista Polka Magazine que promoveu um trabalho de olhar quase antropológico sobre a falta de capacidade do estado francês de integrar aquela população na sociedade local.
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Na Amazônia brasileira, Salgado realizou expedições por sete anos. “Foi como trabalhar no paraíso”, registrou no livro com as imagens.
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Por meio do Instituto Terra, associação civil sem fundos lucrativos, Sebastião Salgado e a mulher Lélia promovem há mais de duas décadas ações voltadas à preservação do meio-ambiente.
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À Folha de S.Paulo, o artista fotográfico declarou que irá expor na COP30 (Confederação das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025), em Belém do Pará, fotos feitas na Amazônia. O evento acontece entre os dias 10 e 25 de novembro deste ano.
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É um momento forte para apresentar esse trabalho. Precisamos lutar para preservar se ainda quisermos existir como espécie. Caso contrário, vamos desaparecer, alertou Salgado.
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