Morre Ney Latorraca, aos 80 anos; relembre a carreira do ator 14:05 | 26/12/2024 Autor Flipar Flipar Autor Ver perfil do autor Tipo Notícia O ator e diretor Ney Latorraca, de 80 anos, morreu na manhã desta quinta-feira (26) no Rio de Janeiro. Internado desde o dia 20 de dezembro na Clínica São Vicente, na Gávea, o artista teve um câncer de próstata e foi vítima de uma sepse pulmonar. / Crédito: Flickr Tomás Rangel Vale lembrar que o diagnóstico de câncer aconteceu em 2019, quando o ator teve que retirar a próstata. No entanto, a doença retornou em agosto deste ano com metástase. Crédito: Reprodução do Instagram @antonioneylatorraca Com sua morte, o artista deixa o marido, o também ator Edi Botelho, com quem era casado há 30 anos. Até o momento, o local e horário do velório ainda não foram definidos e divulgados pela família. Crédito: - Reprodução de Instagram Nascido em Santos (SP) no dia 25 de julho de 1944, Antônio Ney Latorraca tinha a veia artística no sangue. Afinal, ele era filho de Alfredo, cantor e crooner de boates, e de Tomaza, uma corista, que se apresentavam em cassinos. Crédito: Reprodução do Instagram @antonioneylatorraca Ney teve como padrinho de batismo o ator Grande Otelo, tendo crescido já no meio artístico. Dois anos após seu nascimento, um decreto do presidente Eurico Gaspar Dutra fechou os cassinos, o que fez com que sua família perdesse seu principal meio de sobreviver. Crédito: Flickr CINEPE Durante a infância, o artista chegou a morar em São Paulo, porém logo retornou à Santos. Por lá, prestou exame no Instituto de Educação Canadá e formou, com um grupo de amigos que lá estudavam, a banda Eldorado. Crédito: Flickr JC Online Quando voltou para São Paulo, o ator participou da peça Reportagem de um tempo mau, com direção de Plínio Marcos, no Teatro Arena. Contudo, a obra não entrou em cartaz por ter sido censurada pelo governo militar. Crédito: Flickr CINEPE Talentoso e com a comédia na veia, Ney estreou no teatro em 1964, em uma peça de escola chamada Pluft, o fantasminha. O sucesso da obra ressoou, fazendo com que o artista tivesse destaque. Crédito: Tânia Rego /Agência Brasil No retorno à sua cidade natal, Ney Latorraca estudou na Escola de Arte Dramática e atuou em algumas peças locais. Em 1969, surgiu a primeira oportunidade na televisão, com Super plá, na TV Tupi, e no cinema em Audácia, a fúria dos trópicos. Crédito: Reprodução Redes Sociais Na Tv Tupi, participou do seriado Alô, Doçura, em 1953, da novela Beto Rockfeller, em 1968, e fez uma participação em três capítulos da novela Super Plá, em 1969. Crédito: Reprodução do Instagram @antonioneylatorraca Durante a década de 1970, atuou em diversas montagens teatrais. Entre elas, Hair (1970), Jesus Christ Superstar (1972), Bodas de Sangue (1973) e A Mandrágora (1975). Crédito: Divulgação Ainda, por intermédio da atriz Lilian Lemmertz, foi contratado pela Record, trabalhando em cinco novelas, que foram O Tempo não Apaga e Quero Viver, ambas de 1972, Eu e a Moto, Vidas Marcadas e Venha Ver o Sol na Estrada, ambas de 1973. Crédito: Reprodução do Instagram @antonioneylatorraca Com passagens também pela TV Cultura e na TV Record, o ator ingressou na Rede Globo em 1975, na novela Escalada, de Lauro César Muniz, cujo elenco contava ainda com Tarcísio Meira e Susana Vieira. Crédito: Reprodução TV Globo Em seguida, ao lado de Vera Fischer, interpretou uma cena de estupro em Coração alado (1980), a primeira em uma novela das oito. No folhetim, chamou a atenção do público por seu talento e dividiu a telinha com grandes nomes: Tarcísio Meira, Débora Duarte e Walmor Chagas. Crédito: Reprodução do Instagram @antonioneylatorraca O ator também é lembrado por seu papel na novela Estúpido cupido, exibida entre 1976 e 1977, na qual viveu Mederiquis, fã de Elvis Presley e líder da banda de rock Personélitis Bóis. Crédito: Reprodução TV Globo Em 1978, apresentou com a atriz Djenane Machado, o musical Saudade Não Tem Idade, onde cantava, dançava e apresentava esquetes. No ano seguinte, no musical teatral Lola Moreno, contracenou com seu padrinho Grande Otelo. Crédito: Reprodução TV Globo Na sequência, fez uma participação na novela Chega Mais e interpretou Leandro Serrano na novela Coração Alado. Ainda em 1980, participou da versão cinematográfica de O Beijo no Asfalto, quando protagonizou um beijo com Tarcísio Meira. Crédito: Divulgação Quatro anos depois, marcou presença em outra minissérie da emissora, Rabo de Saia, como intérprete do caixeiro-viajante Quequé, que tinha três mulheres. Na novela Um Sonho a Mais, esbanjou versatilidade ao interpretar cinco personagens diferentes, entre eles uma mulher. Crédito: Reprodução TV Globo Ao lado de Marco Nanini, ficou 11 anos em cartaz com a peça O Mistério da Irma Vap, dirigida por Marília Pêra, que fez enorme sucesso pelo país. Crédito: Divulgação Entre 1988 e 1989, encarnou um de seus personagens mais populares, o velhinho Barbosa, do humorístico TV Pirata. O personagem se tornou tão popular que todo mundo passou a imitá-lo, dizendo seu bordão: “Barbosa, Clotilde”. Crédito: Flipar Deixou a Globo em 1990 para trabalhar na novela Brasileiras e Brasileiros, do SBT. Mas o retorno à emissora carioca foi triunfal ao cair nas graças do público no papel do Conde Vlad, o chefe dos vampiros da novela Vamp. Crédito: Reprodução TV Globo Em 1994, no SBT, para fazer o remake da novela Éramos Seis. Na sequência da carreira, encenou as seguintes peças, O Médico e o Monstro (1994), Don Juan (1995) e Quartett (1996). Além disso, em 1997, de volta à Globo, trabalhou na novela Zazá, como o vilão Silas Vadan. Crédito: Divulgação Em 2000, fez parte do núcleo cômico da novela O Cravo e a Rosa, formando um engraçado e carismático trio com Maria Padilha e Eva Todor. Dois anos depois, o ator participou da novela O Beijo do Vampiro, no papel do Conde Nosferatu. Crédito: Divulgação Além disso, atuou na minissérie A Casa das Sete Mulheres e em novelas como: Da Cor do Pecado, Bang Bang, Negócio da China, Meu Pedacinho de Chão e Império. Crédito: Reprodução TV Globo Em setembro de 2017, pouco antes da estreia da temporada em São Paulo do musical Vamp, o ator anunciou que se aposentaria depois daquele trabalho. O último trabalho de Ney, portanto, foi em 2019, na série de comédia Cine Holliúdy, da Globo. Crédito: Reprodução do Instagram @antonioneylatorraca Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente Tags Galeria