Odor insuportável : conheça a ‘cidade do lixo’, no Egito 07:45 | 24/12/2024 Autor Flipar Flipar Autor Ver perfil do autor Tipo Notícia Nos arredores da região metropolitana de Cairo, no Egito, uma cidade chama a atenção pela quantidade de lixo, mas nem tudo é o que parece. Entenda nessa galeria / Crédito: wikimedia commons Vyacheslav Argenberg Por lá, os Zabbaleen, um povo de cerca de 70 mil pessoas, se dedica exclusivamente à coleta e reciclagem de lixo. Crédito: reprodução/youtube Eles se concentram principalmente em Manshiyat Naser, conhecida como Cidade do Lixo, e desenvolvem essa atividade desde a década de 1940. Crédito: wikimedia commons Ouahidb Juntos, eles desenvolveram um sistema que recicla até 80% dos resíduos coletados, tido como um dos mais eficientes do mundo. Crédito: reprodução/youtube Segundo o documentário Zabbaleen: Cidade do Lixo (2016), a coleta é realizada principalmente por homens e crianças, que recolhem o lixo com carroças e caminhonetes. Crédito: reprodução/youtube Depois, o lixo é concentrado na base das colinas de Mokattam, onde as mulheres se encarregam de fazer a separação do material. Crédito: wikimedia commons Zienauto Além de coletar e separar lixo em 16 categorias diferentes, os Zabbaleen investem até 12 horas diárias na triagem desses materiais. Crédito: reprodução/youtube Cada item pode ser classificado em papel branco, papel amarelo, papel grosso, jornal, papel fino, etc. Após a separação detalhada, os materiais são vendidos a indústrias e empresas. Crédito: reprodução/youtube Diferente de outros grupos de coleta , os Zabbaleen utilizam equipamentos para transformar resíduos em materiais de maior valor, como granuladores de plástico, compactadores de papel e moedores de tecidos. Crédito: reprodução/youtube Antes, a triagem inicial do lixo na comunidade era realizada com a ajuda dos porcos, que consumiam os resíduos orgânicos. Crédito: reprodução/youtube Quando atingiam o tamanho adequado, esses animais eram vendidos para resorts e destinos turísticos. Crédito: reprodução/youtube Por serem cristãos coptas, os Zabbaleen não podem criar, alimentar ou viver perto de porcos, um animal considerado sujo, impuro. Crédito: reprodução/youtube No entanto, esse método foi abolido em 2009, quando o governo egípcio, preocupado com a propagação da gripe H1N1, ordenou o abate de todos os porcos no país. Crédito: reprodução/youtube Cerca de 300 mil porcos foram sacrificados, o que ameaçou a estrutura de coleta e separação de lixo dos Zabbaleen. Crédito: Flickr/Geson Rathnow/Creative Commons Depois dos abates, restos de comida e muito lixo se acumularam nas ruas do Cairo, já que o sistema de coleta não conseguiu atender à demanda sem o auxílio dos Zabbaleen. Crédito: reprodução/youtube Ainda que a criação de porcos tenha sido proibida no bairro, a economia local continua fundamentada na reciclagem até os dias atuais. Crédito: reprodução/youtube Segundo um relato da jornalista Evelyn Koch, dona do blog Vida no Egito, a região tem um odor característico e insuportável, mas muitas famílias vivem lá por gerações e estão acostumados. Crédito: wikimedia commons Виктор Пинчук A polícia não vai, táxi e Uber também se recusam a fazer o trajeto. A comunidade tem suas próprias regras, contou a jornalista. Crédito: wikimedia commons Diego Delso Evelyn explica que, para conhecer a comunidade, é necessário planejar a visita com antecedência e encontrar alguém que possa guiar o percurso. Crédito: reprodução/youtube Além das atividades de reciclagem, Manshiyat Naser também abriga uma das atrações turísticas mais singulares do Egito: a Igreja Suspensa de Mokattam, ou Igreja de São Simão, que foi escavada diretamente na rocha das colinas locais. Crédito: Flickr/Geson Rathnow/Creative Commons Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente Tags Notícias