Afrescos raros de Tarsila do Amaral vão a leilão em São Paulo

08:04 | 09/11/2024 Autor Flipar

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Dois afrescos raros criados por Tarsila do Amaral em 1927 foram colocados à venda na galeria Ricardo Camargo, no Jardim Paulistano, bairro de São Paulo. As obras estão avaliadas em R$ 7 milhões. — Dois afrescos raros criados por Tarsila do Amaral em 1927 foram colocados à venda na galeria Ricardo Camargo, no Jardim Paulistano, bairro de São Paulo. As obras estão avaliadas em R$ 7 milhões. Crédito: Reprodução/Instagram

A modernista Tarsila do Amaral produziu as obras, ambas naturezas-mortas, nas paredes da sala de jantar da fazenda Santa Tereza do Alto, na cidade de Itupeva, no interior paulista. De acordo com o jornalista e crítico de arte Silas Martí, da Folha de S.Paulo, o herdeiro da fazenda decidiu fazer a retirada das peças e colocá-las à venda no mercado de arte. — A modernista Tarsila do Amaral produziu as obras, ambas naturezas-mortas, nas paredes da sala de jantar da fazenda Santa Tereza do Alto, na cidade de Itupeva, no interior paulista. De acordo com o jornalista e crítico de arte Silas Martí, da Folha de S.Paulo, o herdeiro da fazenda decidiu fazer a retirada das peças e colocá-las à venda no mercado de arte. Crédito: Domínio Público/Wikimedia Commons

Uma das maiores artistas plásticas do Brasil, Tarsila do Amaral é tema de uma exposição em Paris, na França. — Uma das maiores artistas plásticas do Brasil, Tarsila do Amaral é tema de uma exposição em Paris, na França. Crédito: Domínio público

Uma retrospectiva no Museu de Luxemburgo homenageia a artista modernista. A exposição foi aberta ao público em 9 de outubro e vai até 2/2/2025. — Uma retrospectiva no Museu de Luxemburgo homenageia a artista modernista. A exposição foi aberta ao público em 9 de outubro e vai até 2/2/2025. Crédito: Reprodução/Instagram

A exposição conta com 150 obras de Tarsila do Amaral, incluindo 49 quadros, entre eles alguns famosos como “Os Operários”. — A exposição conta com 150 obras de Tarsila do Amaral, incluindo 49 quadros, entre eles alguns famosos como “Os Operários”. Crédito: Reprodução / Instagram

Em ordem cronológica, a retrospectiva enfoca a trajetória artística de Tarsila do Amaral em suas três fases. — Em ordem cronológica, a retrospectiva enfoca a trajetória artística de Tarsila do Amaral em suas três fases. Crédito: Divulgação

Entre outras obras marcantes expostas no Museu de Luxemburgo estão “Caipirinha” e “A Negra” - cedido para a mostra pelo Museu de Arte Contemporânea da USP. — Entre outras obras marcantes expostas no Museu de Luxemburgo estão “Caipirinha” e “A Negra” - cedido para a mostra pelo Museu de Arte Contemporânea da USP. Crédito: Divulgação

Autorretrato (Manteau rouge)” é outro destaque da exposição. Criado em 1923, o quadro retrata Tarsila com um casaco vermelho e compõe o acervo do Museu Nacional de Belas Artes. — Autorretrato (Manteau rouge)” é outro destaque da exposição. Criado em 1923, o quadro retrata Tarsila com um casaco vermelho e compõe o acervo do Museu Nacional de Belas Artes. Crédito: Acervo MNBA/Ibram

“Foi para mim uma oportunidade de descobrir e de mostrar aquela época que se chama geralmente de ‘fase tardia’ de Tarsila, que é injustamente esquecida’, declarou ao portal UOL a curadora da exposição, Cecília Brashi. — “Foi para mim uma oportunidade de descobrir e de mostrar aquela época que se chama geralmente de ‘fase tardia’ de Tarsila, que é injustamente esquecida’, declarou ao portal UOL a curadora da exposição, Cecília Brashi. Crédito: Divulgação

No entanto, a obra mais famosa de Tarsila, o “Abaporu”, não faz parte da retrospectiva parisiense. O quadro pertence ao acervo do Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (Malba) e não foi emprestado para o evento parisiense. — No entanto, a obra mais famosa de Tarsila, o “Abaporu”, não faz parte da retrospectiva parisiense. O quadro pertence ao acervo do Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (Malba) e não foi emprestado para o evento parisiense. Crédito: Reprodução / Instagram

Há quase um século, Tarsila iniciou sua carreira internacional justamente em Paris, o que dá ainda maior simbolismo à retrospectiva de sua obra em terras francesas. — Há quase um século, Tarsila iniciou sua carreira internacional justamente em Paris, o que dá ainda maior simbolismo à retrospectiva de sua obra em terras francesas. Crédito: Domínio público

Tarsila do Amaral morou em Paris no início dos anos 20, quando era casada com o escritor Oswald de Andrade (1890 - 1954), outro nome de proa do modernismo. — Tarsila do Amaral morou em Paris no início dos anos 20, quando era casada com o escritor Oswald de Andrade (1890 - 1954), outro nome de proa do modernismo. Crédito: Arquivo Nacional/Wikimedia Commons

Em 1926, em Paris, a artista brasileira realizou sua primeira mostra individual no exterior, o que a revelou para o público europeu. — Em 1926, em Paris, a artista brasileira realizou sua primeira mostra individual no exterior, o que a revelou para o público europeu. Crédito: Divulgação

Dois anos mais tarde, Tarsila fez uma segunda exposição em Paris e vendeu a tela “A Cuca” para um museu - hoje ela está com o fundo francês de artes plásticas. — Dois anos mais tarde, Tarsila fez uma segunda exposição em Paris e vendeu a tela “A Cuca” para um museu - hoje ela está com o fundo francês de artes plásticas. Crédito: Reprodução

Tarsila do Amaral nasceu em 1886 na cidade de Capivari (foto), em um casarão na Fazenda São Bernardo, no interior de São Paulo. — Tarsila do Amaral nasceu em 1886 na cidade de Capivari (foto), em um casarão na Fazenda São Bernardo, no interior de São Paulo. Crédito: Amauri Aparecido Zar wikimedia commons

Em 1922, quando ocorreu a Semana da Arte Moderna, importante evento da história da cultura brasileira ocorrido em São Paulo, Tarsila do Amaral estava na França. — Em 1922, quando ocorreu a Semana da Arte Moderna, importante evento da história da cultura brasileira ocorrido em São Paulo, Tarsila do Amaral estava na França. Crédito: Reprodução

Pouco tempo depois ela se uniu ao grupo de artistas que lideraram o movimento, entre eles Di Cavalcanti (foto), Mário de Andrade e Anita Malfatti. — Pouco tempo depois ela se uniu ao grupo de artistas que lideraram o movimento, entre eles Di Cavalcanti (foto), Mário de Andrade e Anita Malfatti. Crédito: Arquivo Nacional/Wikimedia Commons

Além de o “Abaporu”, as telas “O Homem Amarelo” e “Os Operários” estão entre as obras de Tarsila mais representativas do Modernismo. — Além de o “Abaporu”, as telas “O Homem Amarelo” e “Os Operários” estão entre as obras de Tarsila mais representativas do Modernismo. Crédito: Reprodução

Um pouco mais tarde, entre 1924 e 1928, as criações de Tarsila ganharam cores mais vibrantes e forte temática nacional. Foi a chamada fase Pau-Brasil, do movimento de mesmo nome criado por ela e o então marido Oswaldo de Andrade. — Um pouco mais tarde, entre 1924 e 1928, as criações de Tarsila ganharam cores mais vibrantes e forte temática nacional. Foi a chamada fase Pau-Brasil, do movimento de mesmo nome criado por ela e o então marido Oswaldo de Andrade. Crédito: Divulgação

O “Abaporu” representa a chamada fase antropofágica, etapa do movimento modernista que teve como teórico também Oswald de Andrade. — O “Abaporu” representa a chamada fase antropofágica, etapa do movimento modernista que teve como teórico também Oswald de Andrade. Crédito: Cesar Cardoso/Wikimedia Commons

A terceira e última fase da carreira da artista paulista ficou conhecida pelo cunho social, focado em temas do cotidiano e da sociedade brasileiras. — A terceira e última fase da carreira da artista paulista ficou conhecida pelo cunho social, focado em temas do cotidiano e da sociedade brasileiras. Crédito: Divulgação

Morta em 1973, aos 86 anos, Tarsila deixou mais de duas centenas de obras, que incluem desenhos, gravuras e esculturas. — Morta em 1973, aos 86 anos, Tarsila deixou mais de duas centenas de obras, que incluem desenhos, gravuras e esculturas. Crédito: Reprodução

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