Arqueólogos encontram ‘vampira’ com foice no pescoço e cadeado no pé 08:18 | 04/11/2024 Autor Flipar Flipar Autor Ver perfil do autor Tipo Notícia Arqueólogos acharam o esqueleto de uma jovem com idade estimada de 18 anos em condições misteriosas num cemitério rural do século XVII, perto da vila de Pien, na Polônia. Crédito: reprodução/Miroslaw Blicharski/Aleksander Poznan A mulher foi enterrada com uma foice sobre o pescoço e um cadeado no dedo do pé, medidas usadas para impedir que ela “retornasse dos mortos” – uma prática de proteção contra supostos “vampiros”. Crédito: reprodução/Miroslaw Blicharski/Aleksander Poznan As características do corpo da jovem — possivelmente com uma deformidade física — sugerem que sua comunidade a via como algo anormal. Crédito: divulgação/Institute of Archeology of The Nicolaus Copernicus University Enterrada com um gorro de seda que indicava seu status elevado, Zosia, como foi chamada, teve seu rosto reconstruído digitalmente, revelando olhos azuis e cabelos curtos. Crédito: montagem/Reprodução/Oscar Nilsson A escavação revelou um cemitério de pessoas marginalizadas, onde outros indivíduos também foram enterrados com medidas cautelares semelhantes, como pedras no peito e moedas na boca. Crédito: divulgação/Lublin Voivodeship Conservator of Monuments Na Polônia, há uma lenda de que no século 17 regiões eram assoladas por revenants ou renascidos, seres semelhantes a vampiros que atacariam vivos e causariam caos nas casas. Crédito: wikimedia commons Darwinek Esses relatos eram tão comuns que várias medidas eram tomadas para evitar a reanimação dos cadáveres, como arrancar seus corações, pregar seus corpos nas sepulturas e usar estacas nas pernas. Crédito: Kenny Orr Unsplash Em 1746, um monge chamado Antoine Augustin Calmet publicou um tratado para distinguir os verdadeiros renascidos de fraudes. Crédito: Dean Moriarty por Pixabay Recentemente, arqueólogos da Universidade Nicolau Copérnico encontraram a primeira evidência física de uma criança renascida em um cemitério na Polônia. Crédito: wikimedia commons Zorro2212 A criança, que teria cerca de seis anos no momento da morte, foi enterrada de bruços com um cadeado de ferro sob o pé esquerdo para evitar que assombrasse sua família e vizinhos. Crédito: Gábor Bejó por Pixabay “O cadeado teria sido trancado até o dedão do pé. A criança foi enterrada de bruços para que, se voltasse dos mortos e tentasse ascender, mordesse a terra”, disse o arqueólogo-chefe do estudo, Dariusz Poliński. Crédito: Chelms Varthoumlien Unsplash A descoberta tem ajudado os historiadores a entenderem mais sobre as crenças e práticas da época em relação a esses seres. Crédito: lukasbieri pixabay Algum tempo após o sepultamento, a tumba foi profanada. Todos os ossos foram removidos, exceto os das partes inferiores das pernas. Crédito: Pexels por Pixabay De acordo com o jornal The New York Times, este é o único exemplo de um enterro infantil desse tipo na Europa. Crédito: Brett Sayles por pexels O lugar, que funcionava como um cemitério improvisado destinado para pessoas menos favorecidas, foi encontrado há 18 anos sob um campo de girassóis, situado na encosta de uma colina. Crédito: Kev por Pixabay Segundo registros locais, o cemitério não estava associado a uma igreja ou a um terreno consagrado. Cerca de 100 sepulturas já foram descobertas no local. Crédito: NoName_13 por Pixabay No fim da Idade Média, especialmente na Polônia, era tradição colocar cadeados nas sepulturas. O maior achado deste tipo foi na cidade de Lutomiersk, onde quase 400 das 1.200 sepulturas investigadas continham cadeados. Crédito: pixabay A tradição persistiu nas comunidades judaicas da Polônia pelo menos até a Segunda Guerra Mundial. Crédito: Josh Applegate Unsplash Martyn Rady, historiador da University College London, ressaltou que a mulher e a criança não devem ser categorizadas como vampiras. Crédito: Luke Wang Unsplash As características dos “vampiros” foram oficialmente definidas pela primeira vez na década de 1720, por autoridades austríacas dos Habsburgos, que identificaram suspeitos de vampirismo na região que hoje é o Norte da Sérvia. Crédito: reprodução Eles elaboraram relatórios que chegaram até a ser publicados em revistas médicas da época. “Eles deixaram bem claro que, na lenda popular local, o vampiro tinha três características: era um fantasma, alimentava-se dos vivos e era contagioso”, relatou o historiador. Crédito: reprodução Entrevista com o Vampiro As lendas polonesas mencionam dois tipos de renascidos. O primeiro é o upiór, que mais tarde foi substituído pelo termo wampir e se assemelha ao Drácula representado por Béla Lugosi no filme de 1931. Crédito: Reprodução O segundo é a strzyga, que é mais parecida com uma bruxa malévola que ataca os humanos, podendo comê-los ou beber seu sangue, de acordo com o folclorista Al Ridenour. Crédito: Karolina Grabowska por Pexels A prática dos cadeados pode ser vista como uma tentativa de garantir que os mortos permanecessem em paz, como expresso na citação de Lugosi em Drácula: Morrer, estar realmente morto, deve ser glorioso. Crédito: reprodução drácula Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente Tags Notícias