Cientistas usam tecnologia avançada para revelar rosto de múmia 14:18 | 31/10/2024 Autor Flipar Flipar Autor Ver perfil do autor Tipo Notícia O antropólogo craniofacial Chris Rynn reconstruiu digitalmente o rosto de uma mulher africana do antigo reino de Kush. Usando técnicas de modelagem virtual, ele conseguiu mostrar como essa mulher sudanesa era 2.500 anos atrás. Crédito: Divulgação ,Identificada como Ta-Kr-Hb, ou Takerheb tudo leva a crer que tenha sido uma princesa ou sacerdotisa negra. Para a sua reconstrução, foram usadas imagens de raio-x do crânio da múmia. Então, softwares digitais acrescentaram músculos e tecidos moles ao rosto. Crédito: Divulgação Hoje a múmia faz parte do acervo do Museu Perth, da Escócia. Estima-se que ela tenha vivido até 30 ou 40 anos. Um cálculo exato é complicado porque a dentição estava comprometida por muitas cáries. Crédito: Divulgação O estudo de múmias é sempre um desafio, mas ao mesmo tempo abre portas para muito conhecimento. Tanto sobre pessoas como sobre animais. Recentemente Cientistas analisaram o DNA de babuínos de milhares de anos e descobriram o misterioso porto por onde os antigos egípcios faziam comércio dessa espécie. Eles não são nativos do Egito, mas eram adorados por serem associados aos deuses Babi e Thoth Crédito: Creative Commons Antigamente, se dizia que os babuínos vinham de Punte, local misterioso e com ares de lenda. No entanto, pesquisas revelam que este reino pode ter sido real, localizado na costa da Eritreia. Crédito: Divulgação/Creepy.org Quando levados aos templos do Egito, os babuínos tinham seus pontiagudos dentes incisivos removidos para deixá-los menos perigosos e eram mumificados com alguma frequência como oferenda aos deuses. Crédito: Divulgação/Museu Britânico Em 2020, um primatólogo usou moléculas dos dentes de um babuíno mumificado para descobrir sua dieta no início da vida. Algo que indica as regiões atuais da Somália, Eritreia e Etiópia, e os babuínos da análise vieram do Império Novo, entre 1550 a.C a 1070 a.C., sendo a primeira pista de Punte. Crédito: Divulgação/Dartmouth College Os resultados demonstram que dois babuínos mumificados de P. hamadryas do período do Novo Reino, batizados como EA6738 e EA6736, nasceram fora do Egito. Provavelmente, eles vieram de um local na Eritreia, Etiópia ou Somália, o que restringe a localização do Reino. Crédito: Σταύρος/Wikimedia Commons Cinco espécies de P. anubis mumificados do período ptolomaico refletiram níveis de estrôncio que são consistentes com uma origem egípcia. Isso dá indícios de um programa de reprodução em cativeiro para babuínos naquela época, provavelmente em Memphis, uma antiga capital no Baixo Egito, a noroeste do Mar Vermelho. Crédito: Edal Anton Lefterov/Wikimedia Commons O Reino de Punte foi um importante parceiro comercial dos egípcios por pelo menos mil anos, sendo fonte de bens de luxo, incluindo incenso, ouro, peles de leopardo e babuínos vivos. Crédito: Hans Bernhard/Wikimedia Commons Em outro momento, arqueólogos peruanos fizeram, em um espaço sagrado de um dos bairros mais antigos de Lima, capital do Peru, a descoberta de quatro múmias de crianças ao lado de restos mortais de um adulto. Os crânios das múmias ainda tinham cabelos. Crédito: Reprodução de vídeo / CNN Acredita-se que possuam mais de mil anos e sejam da cultura Ichma, que se desenvolveu na costa central do Peru antes da ascensão do Império Inca. Crédito: Reprodução de vídeo / CNN Essas descobertas despertam muita curiosidade em todo mundo. Por exemplo, a tumba do faraó Tutancâmon já tem 100 anos. Ele é, sem dúvida, o mais famoso e o que atrai maior atenção. Crédito: divulgação Egp viagens A tumba agora contém a múmia do faraó em uma caixa de vidro, assim como o seu sarcófago exterior, feito de madeira dourada. Crédito: divulgação Egp Viagens A prática de preservar corpos remonta a uma época anterior ao Antigo Egito. Pelo menos 3.500 anos antes dos faraós egípcios que ganharam fama, já havia mumificação. Crédito: Imagem de StockSnap por Pixabay Os corpos de nobres eram enterrados junto com objetos pessoais e muitas preciosidades. Mas, em outros casos, ocorreram mumificações naturais, sem intervenção humana, e sim por causa da ação do ambiente sob determinadas condições, como essa galeria vai mostrar. Crédito: Imagem de albertr por Pixabay As múmias revelam aspectos da cultura, da alimentação, dos costumes de povos inteiros. Na foto, o Homem de Tollund, encontrado num pântano na Dinamarca em 1940. Ele morreu asfixiado e a corda ainda está no seu pescoço Viveu entre cerca de 405 a.C e 380 a.C, na Idade do Ferro. Sua última refeição foi mingau de cevada e peixe. Crédito: Domínio Público Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente Tags Notícias