Literatura de Cordel é patrimônio cultural do Brasil 18:04 | 04/10/2024 Autor Flipar Flipar Autor Ver perfil do autor Tipo Notícia A Literatura de Cordel é um gênero literário popular no Brasil, especialmente no Nordeste, caracterizado pela sua forma rimada e pela apresentação em folhetos de papel. Crédito: wikimedia commons/Mrass Os poemas, escritos em versos, geralmente narram histórias, lendas, fatos históricos e acontecimentos do cotidiano. Crédito: wikimedia commons/Academia de letras de CM Essas histórias são impressas em pequenos folhetos, muitas vezes ilustrados com xilogravuras, que eram tradicionalmente pendurados em cordas ou barbantes, daí o nome cordel. Crédito: flickr/Diego Dacal Essas ilustrações não apenas embelezam os folhetos, mas também ajudam a contar a história, sendo parte integral da experiência do cordel. Crédito: wikimedia commons/Jerónimo Roure Pérez A origem da Literatura de Cordel remonta à tradição oral dos trovadores medievais na Europa, principalmente em Portugal e na Espanha. Crédito: wikimedia commons/Jerónimo Roure Pérez Esses trovadores recitavam suas poesias em feiras e mercados, transmitindo histórias e notícias. Com a colonização, essa tradição foi trazida para o Brasil, onde se adaptou e evoluiu. Crédito: wikimedia commons/Almanaque Lusofonista Os cordelistas, como são chamados os autores de cordel, eram frequentemente viajantes que levavam seus folhetos para vender em feiras, festas e outros eventos, disseminando assim suas histórias por todo o país. Crédito: Agência Brasil/Arquivo Os poetas de cordel, conhecidos como cordelistas, são muitas vezes também repentistas, capazes de criar e recitar versos improvisados. Crédito: divulgação A métrica mais comum usada nos cordéis é a sextilha, que consiste em estrofes de seis versos, geralmente com sete sílabas cada, e rimas alternadas. Porém, outros esquemas métricos e rítmicos também são usados. Crédito: reprodução Ao registrar histórias e lendas transmitidas de geração em geração, o cordel contribui para a preservação da memória cultural de um povo. Crédito: reprodução Ao utilizar uma linguagem simples e temas acessíveis, o cordel estimula a leitura e a escrita, especialmente entre as camadas humildes da população. Crédito: reprodução As obras de cordel podem abordar uma grande variedade de temas, desde histórias de reis e rainhas até aventuras de cangaceiros, romances e críticas sociais. Crédito: reprodução Existem inúmeros cordelistas famosos, como Leandro Gomes de Barros, considerado o pai do cordel, e Patativa do Assaré, um dos maiores poetas populares brasileiros. Crédito: reprodução Leandro Gomes de Barros (1865-1918) em Pombal, na Paraíba. Ele se mudou para o Recife ainda jovem, onde começou a trabalhar como tipógrafo e se aproximou do mundo das letras. Crédito: wikimedia commons/Lualivro Ele escreveu centenas de folhetos durante sua vida, muitos dos quais se tornaram clássicos do gênero. Algumas de suas obras mais conhecidas incluem O Cavalo que Defecava Dinheiro, A Donzela Teodora e Juvenal e o Dragão. Crédito: domínio público/wikimedia commons Já Patativa do Assaré (1909-2002) nasceu na pequena cidade de Assaré, no Ceará. Ele começou a compor e recitar poesias ainda jovem, inspirado pelas histórias e cantorias tradicionais do sertão nordestino. Crédito: wikimedia commons/Ministério da Cultura Seus versos frequentemente abordavam temas como a vida no sertão, as dificuldades enfrentadas pelos agricultores, as injustiças sociais e a luta por melhores condições de vida. Crédito: flickr/Lunna Campos Algumas de suas obras mais conhecidas incluem Triste Partida, um poema que foi musicado por Luiz Gonzaga e se tornou um clássico da música nordestina, abordando o sofrimento dos migrantes nordestinos em busca de uma vida melhor. Crédito: Secretaria de Cultura do Ceará / Divulgação Muitos poetas de cordel contemporâneos têm adaptado suas obras para refletir temas modernos e atuais, mantendo viva essa rica tradição cultural. Crédito: wikimedia commons/José Pacheco Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente Tags Galeria