Filme brasileiro candidato ao Oscar é ovacionado em Veneza 14:41 | 02/09/2024 Autor Flipar Flipar Autor Ver perfil do autor Tipo Notícia O primeiro filme original produzido pelo Globoplay, "Ainda Estou Aqui", estreou com momentos de emoção neste domingo (1/09) no Festival de Cinema de Veneza. Crédito: reprodução/tv globo Os atores Selton Mello e Fernanda Torres não conseguiram conter as lágrimas com a recepção calorosa do público após a exibição do filme, que tem direção de Walter Salles (Central do Brasil). Crédito: reprodução Após o término da sessão, o longa foi aplaudido de pé por 10 minutos. Crédito: reprodução O filme conta a história de Eunice Paiva, mãe do jornalista Marcelo Rubens Paiva, que passou 40 anos procurando a verdade sobre o marido desaparecido. Crédito: reprodução Rubens Paiva (marido de Eunice) foi preso durante o regime militar no Brasil e teve o mandato de deputado cassado no início da década de 1970. Crédito: reprodução A história se baseia no livro homônimo escrito pelo jornalista Marcelo Rubens Paiva (filho de Eunice). Ela virou a grande militante ativista da ditadura e da redemocratização brasileira e do chamado Brasil novo, disse ele. Crédito: wikimedia commons/ Harald Krichel O filme brasileiro está concorrendo ao cobiçado Leão de Ouro, principal prêmio do Festival. Crédito: divulgação Além dele, estão na disputa Queer, o novo de Luca Guadagnino (Rivais), Coringa: Delírio a Dois, The Room Next Door, de Pedro Almodóvar, e Babygirl, suspense com Nicole Kidman e Antonio Banderas. Crédito: divulgação Na trama, Eunice é vivida em fases diferentes da vida pelas atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro. Crédito: divulgação Aliás, o filme conta com um elenco de peso. Além das duas, Selton Mello, Marjore Estiano, Humberto Carrão e Dan Stulbach também estrelam o longa. Crédito: reprodução/tv globo O processo de realização do filme levou cerca de sete anos. O diretor Walter Salles chegou a frequentar a casa onde Rubens Paiva vivia antes de ser levado pelos militares e fez questão de conhecer sua família. Crédito: Reprodução/Canal Arte1 Os nomes envolvidos e a história forte fazem de Ainda Estou Aqui um forte candidato brasileiro a tentar concorrer ao Oscar 2025. Crédito: divulgação Além disso, o filme vem recebendo elogios da imprensa internacional. Um deles foi direcionado à atuação de Fernanda Torres. Crédito: reprodução/tv globo É uma atuação que deve catapultar ela para a temporada de premiações, 25 anos depois de sua mãe ser indicada ao Oscar por Central do Brasil, disse uma crítica do Deadline, um dos maiores sites de entretenimento dos EUA. Crédito: divulgação Salles nunca se excede nas batidas emocionais do filme, confiando na atuação magnífica e excepcionalmente detalhada de Torres para dirigir a história, destacou o ScreenDaily. O filme ainda não ganhou uma data de estreia no Brasil. Crédito: reprodução Além de Central do Brasil, Walter Salles dirigiu os elogiados Abril Despedaçado (2001), com Rodrigo Santoro, Diários de Motocicleta (2004) e Paris, Te Amo (2006). Crédito: reprodução/tv globo Tema central de Ainda Estou Aqui, Rubens Paiva foi um engenheiro civil, empresário e político brasileiro, conhecido principalmente por sua luta contra a ditadura militar no Brasil e por ser uma das vítimas mais emblemáticas do regime. Crédito: secretaria de estado de cultura/sp Ele nasceu em 26 de dezembro de 1929, em Santos, São Paulo, e desapareceu em janeiro de 1971, após ser preso por agentes da repressão. Crédito: Comissão da Verdade do Estado de São Paulo Rubens Paiva era deputado federal pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e se destacou como um dos opositores do golpe militar de 1964, que depôs o presidente João Goulart. Crédito: arquivo pessoal Com a implantação do regime militar, ele teve seu mandato cassado e foi exilado no exterior por um período. Ao retornar ao Brasil, continuou a se posicionar contra o governo militar. Crédito: arquivo pessoal Em janeiro de 1971, Paiva foi preso em sua casa no Rio de Janeiro por agentes do DOI-CODI, um órgão de repressão da ditadura. Crédito: reprodução/tv globo Após sua prisão, ele desapareceu, e as autoridades nunca admitiram oficialmente seu paradeiro ou destino. Anos depois, investigações apontaram que ele foi torturado e morto nas dependências militares. Crédito: De an Sun Unsplash Seu corpo nunca foi encontrado, e seu caso permanece como um símbolo das atrocidades cometidas durante a ditadura militar no Brasil. Crédito: arquivo pessoal Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente Tags Galeria Terra