Nunca mais: Filmes de Hollywood exaltavam o cigarro como charme 10:47 | 29/08/2024 Autor Flipar Flipar Autor Ver perfil do autor Tipo Notícia 29 de agosto é Dia Nacional de Combate ao Fumo. Embora o tabaco seja notoriamente prejudicial à saúde e, em muitos casos, fatal, o cigarro ainda é largamente consumido. E campanhas de conscientização tentam desestimular essa prática. Crédito: Alexas fotos pixabay O cigarro como instrumento de inclusão é um problema que foi debatido desde os tempos áureos do cinema, quando o fumo era considerado charmoso. Crédito: Ralf Kunze pixabay Impossível saber o alcance do mal causado pelos filmes da época na saúde dos espectadores, tamanha a quantidade de personagens fumantes que inspiraram jovens ao longo de décadas. Crédito: aamiraimer pixabay Nos anos 1920, o cigarro representava glamour e rebeldia. Muitas vezes, uma metáfora para a sedução, como em A Carne e o Diabo (1926), com Greta Garbo. Crédito: divulgação Entre as décadas de 1930 e 1960, houve uma sucessão de filmes em que os atores fumavam em ambientes que atraíam a atenção pelo requinte e pela autonomia dos personagens. Crédito: divulgaçao filme Gilda James Dean, jovem e belo ator que servia de inspiração para milhares de fãs, apareceu fumando no clássico Juventude Transviada (1955). Olhe a foto e pense: quem, na época, não acharia um charme? Crédito: divulgação A bela Audrey Hepburn com sua piteira marcou época - um gesto hoje condenável. Crédito: Domínio público Humphrey Bogart, no clássico Casablanca, interpreta o charmoso Rick Blaine. Personagem tão cativante que divide o coração de Ilsa Lund (Ingrid Bergman). E em cenas atraentes, ele dava uma tragada no cigarro. Crédito: Divulgação Humphrey Bogart Casablanca Humphrey, um dos maiores atores da história, desperdiçou boa parte da vida em nome do vício. Ele fumava não apenas nos filmes, mas na vida real. E fumou tanto que o câncer o matou cedo, aos 57 anos. Crédito: Divulgação O Falcão Maltês Bette Davis foi uma das atrizes que mais vezes apareceu na tela com um cigarro nas mãos. Era um companheiro quase permanente. Crédito: Divulgação O cigarro era até mesmo um instrumento de sedução, como nesta cena de Now Voyager (1942), em que o galã Paul Henreid acende o cigarro de Bette Davis, ambos num clima de sensualidade. Crédito: Divulgação Now Voyager Aqui é o oposto. A mulher é que acende o cigarro do homem. Clark Gable, símbolo sexual de sua geração, dá aquela olhada em Joan Crawford com o cigarro a postos. Crédito: Divulgação Marlene Dietrich foi outra, quase sempre com um cigarro na boca na personagem. Crédito: divulgação A atriz chegou a fazer propaganda de cigarro. No cartaz, ela aparece sofisticada, maquiada, com cabelos alinhados, vestido de gala, e uma piteira. A propaganda diz que o Lucky Strike é mais brando que outros. Crédito: Divulgação Os filmes de faroeste também não largavam o cigarro. Clint Eastwood, um dos ícones do western americano, desejado pelas moças e por rapazes em sua época de herói, a todo instante tinha um cigarro na boca. Crédito: divulgação John Wayne e Gary Cooper chegavam a receber dinheiro de fabricantes de cigarro para promover o produto nos filmes. Ambos morreram de câncer. Na foto, propaganda da marca Camel feita por John Wayne. Crédito: divulgação Mais recentemente, o cigarro ainda marcava presença, embora com menos intensidade e sem associação a charme e elegância. Além disso, passou a haver uma resistência a esse tipo de apelo. Crédito: divulgação Tanto que o cartaz promocional do filme Coco Chanel foi vetado, em 2009, na publicidade na França, pois tem Audrey Tautou segurando um cigarro - o que foi considerado uma propaganda de cigarro (proibida no país). Crédito: divulgação Hoje, o apelo pelo cigarro já foi bastante reduzido. O cinema parou de glamourizar o fumo. Não há mais propaganda de cigarro. E os alertas são explícitos nas embalagens numa tentativa de dissuasão. Crédito: Gerd Altmann pixabay Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente Tags Galeria Terra