Nem todos que assistem aos filmes de Drácula sabem quem foi o autor do livro que deu origem à lenda. O escritor irlandês Bram Stoker morreu há 112 anos, em 20/4/1912, em Londres, na Inglaterra, deixando romances de estilo gótico e de ficção que expressam sua criatividade e inventividade. "Drácula" é sua obra-prima.
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Nascido em 8/11/1847 em Dublin, na Irlanda, Bram começou a escrever seus primeiros ensaios aos 16 anos. Mas foi em 26/5/1897, quando Bram já tinha 50 anos de idade, que ocorreu o lançamento de uma obra-prima do terror sobrenatural.
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O livro é um romance epistolar, pois é contado em forma de cartas, relatos do noticiário e registros de bordo. O autor nunca aparece. Os personagens e os fatos é que falam por si. O Conde Drácula tem tamanha força na literatura que inspirou diversas outras obras, inclusive no cinema e no teatro.
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Drácula é classificado como horror gótico, pela ambientação que inclui castelos medievais e símbolos místicos do século XVIII.
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Antes de se dedicar à literatura, Bram Stoker formou-se em matemática. Mas o talento para as Letras o fez mudar de rumo. Ele deixou outros romances e contos. O último livro foi O Monstro Branco, em 1911.
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Antes de escrever Drácula, Stoker passou anos pesquisando o folclore europeu e a mitologia dos vampiros. Uma maneira de abordar crenças mantidas na época por camponeses de áreas remotas do continente.
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A criação de Bram Stoker colocou a Romênia nos holofotes, já que a Transilvânia - área montanhosa do país - tem presença preponderante na narrativa. Drácula se passa na região da cordilheira dos Cárpatos, com um relevo sombrio perfeito para o clima sombrio imaginado pelo escritor.
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Até hoje, uma das principais atrações da Romênia é o Castelo de Bran, conhecido como Castelo de Drácula, ao pé dos Montes Cárpatos. Muita gente vai ao Leste Europeu para vivenciar o clima de mistério local. A área tem fortalezas medievais com colônias nos arredores.
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Foi no Castelo de Bran que viveu o Príncipe Vlad Tepes, cuja perversidade inspirou Stoker na caracterização do conde-vampiro.
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O castelo neogótico construído em 1212 tem passagens secretas criadas para a proteção do príncipe. Consta que Vlad ficou escondido em masmorras durante uma invasão otomana.
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O castelo expõe armas e equipamentos de tortura que renderam a Vlad a fama de um dos monarcas mais cruéis da história.
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Curiosamente, os romenos não gostam muito de associar o Castelo de Bran à lenda de Drácula, pois acham que o local tem uma relevância histórica que deve ser a prioridade para o país. Assim, eles preferem destacar a importância da construção para a memória cultural da Romênia e não a visão folclórica de um autor estrangeiro
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Já os visitantes ficam ansiosos por experimentar a sensação de estar no Castelo de Drácula. No mural, um mapa da Transilvânia mostra as áreas montanhosas - comentadas no livro -, os locais com maior concentração urbana das imediações e também as fortalezas da Idade Média.
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O castelo fica perto da cidade de Brasov, que serve para estadia dos visitantes e que, por si só, tem atrativos históricos e culturais que agradam aos turistas.
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A cidade tem cerca de 290 mil habitantes. Foi fundada em 1211 por cavaleiros da Ordem Teutônica e colonizada pelos saxões. Logo se tornou uma das sete cidadelas muradas da Transilvânia, rodeada pelos Montes Cárpatos.
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É em Brasov que fica a Igreja Negra (Biserica Neagră, em romeno, idioma de origem latina como o português). Trata-se de uma bela catedral luterana, em estilo gótico, cuja construção foi iniciada em 1477. O nome foi dado após um incêndio que deixou sua fachada escurecida.
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Drácula rendeu muitos filmes. Um deles é tão fiel ao livro que inclui o autor no título: Drácula de Bram Stoker, de Francis Ford Coppola, estrelado por Gary Oldman, Winona Ryder e Keanu Reeves, em 1992
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Bram Stoker morreu aos 64 anos, dez anos antes da estreia do primeiro filme baseado em seu livro: Nosferatu, do alemão Friedrich Murnau.
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Nosferatu se inspira em Drácula, mas com alterações de nomes e lugares porque os herdeiros de Bram Sotker não deram autorização para a adaptação da obra.
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Um dos atores mais famosos na interpretação do conde foi o húngaro Bela Lugosi. Ele estrelou o filme Drácula, dirigido por Tod Browning em 1931. O ator foi enterrado com a capa usada nas filmagens.
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