Morre a carnavalesca Rosa Magalhães, maior campeã da Sapucaí 16:12 | 26/07/2024 Autor Flipar Flipar Autor Ver perfil do autor Tipo Notícia A carnavalesca Rosa Magalhães, que possui mais títulos na era Sambódromo no Carnaval do Rio de Janeiro, morreu na noite desta quinta-feira (25), aos 77 anos, vítima de um infarto. Com isso, o Flipar relembra a brilhante carreira de uma das grandes artistas do maior espetáculo da terra. Crédito: Reprodução do G1 Rosa Lúcia Benedetti Magalhães nasceu no Rio de Janeiro, no dia 8 de janeiro de 1947, e foi professora, artista plástica, figurinista, cenógrafa e lendária carnavalesca brasileira. É a maior detentora de títulos na era Sambódromo, sendo campeã em 1982 (antes do Sambódromo), 1994, 1995, 1999, 2000, 2001 e 2013. Crédito: Reprodução do Instagram Rosa era filha do escritor e acadêmico Raimundo Magalhães Júnior, integrante do júri do primeiro desfile das escolas de samba, em 1932, e imortal da Academia Brasileira de Letras, e da autora teatral Lúcia Benedetti. Crédito: Reprodução do G1 Era formada em Pintura, pela Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro e em Cenografia, pela Escola de Teatro da UniRio. Além disso, professora de Cenografia e Indumentária na Escola de Belas Artes da UFRJ e da Faculdade de Arquitetura Benett. Crédito: Reprodução de video do G1 A primeira participação da artista no Carnaval Carioca começou com o grupo que ajudou Fernando Pamplona e Arlindo Rodrigues em 1971, no Acadêmicos do Salgueiro, juntamente com Maria Augusta, Lícia Lacerda e Joãosinho Trinta. Crédito: Reprodução de Youtube Logo depois, desenhou figurinos para a Beija-Flor e trabalhou na Portela. Também demonstrou seu talento em dupla com Lícia Lacerda, na criação de figurinos e alegorias para enredos desenvolvidos por Hiram Araújo. Crédito: Reprodução de Instagram Até que em 1982, Rosa e Lícia assumiram pela primeira vez um desfile. Foi no tradicional Império Serrano, onde realizaram o famoso enredo campeão daquele ano Bumbum Paticumbum Prugurundum. Crédito: Reprodução do Youtube Dois anos depois, a dupla foi para a escola que marcou a carreira de Rosa, a Imperatriz Leopoldinense. Mesmo com a dificuldade da época, elas levaram a escola de Ramos ao quarto lugar, empatada com o poderoso Acadêmicos do Salgueiro que festejava a volta de Arlindo Rodrigues. Crédito: Reprodução do G1 Neste mesmo ano, ambas receberam o Estandarte de Ouro de personalidade. Entre 1985 e 1987, a dupla fez parte da comissão de carnaval da recém fundada Tradição, assinando desfiles juntamente com outros grandes nomes como Viriato Ferreira e Maria Augusta. Crédito: Reprodução Do Youtube Em 1987, assinaram juntas o desfile da Estácio de Sá, com o clássico enredo Tititi do sapoti. No ano seguinte, Rosa Magalhães assinou seu primeiro carnaval exclusivo, com o enredo O boi da bode, também pela vermelho e branca. Em 1989, encerrou sua passagem pelo Leão, com Um, dois, feijão com arroz. Crédito: Divulgação Foi, então, que retornou ao Acadêmicos do Salgueiro, agora como carnavalesca oficial e conquistou um terceiro lugar (1990), com Sou amigo do Rei, e o vice-campeonato, em 1991, com o enredo sobre a famosa rua do Ouvidor, no centro do Rio de Janeiro. Crédito: Reprodução do G1 De 1992 a 2009, assumiu o carnaval da Imperatriz Leopoldinense, onde ajudou a escola a conquistar cinco de seus oito campeonatos, incluindo o primeiro tri da Era Sambódromo (1999, 2000 e 2001). Crédito: Empresa Brasil de Comunicação - EBC Na verde e branca de Ramos, Rosa realizaria carnavais inesquecíveis como Marquês que é marquês do saçarico é freguês, quando foi vice do Salgueiro. Em 1994, carimbou seu primeiro título pela escola, com o enredo Catarina de Médicis na corte dos Tupinambôs e Tabajeres Crédito: Reprodução do G1 Rosa Magalhães, então, conquistou o bicampeonato pela Imperatriz, com o celebrado enredo Mais vale um jegue que me carregue que um camelo que me derrube, lá no Ceará. além disso, foi vice no ano seguinte, 1996, com o enredo Leopoldina, Imperatriz do Brasil Crédito: Wigder Frota/Wikimédia Commons Três anos depois, em 1999, voltou a erguer o troféu do carnaval carioca, novamente com a Imperatriz. Desta vez, com o enredo Brasil mostra a sua cara em… Theatrum Rerum Naturalium Brasilie. Crédito: Reprodução Youtube Em 2000, mais um bicampeonato, agora com o enredo Quem descobriu o Brasil, foi seu Cabral, no dia 22 de abril, dois meses depois do carnaval. Naquele ano, todas as escolas desenvolveram temas sobre os 500 anos do descobrimento do Brasil. Crédito: Wigder Frota/Wikimédia Commons No ano seguinte, se consagrou como a primeira carnavalesca tricampeã da era Sambódromo. Com o enredo Cana-caiana, cana roxa, cana fita, cana preta, amarela, Pernambuco… Quero vê descê o suco, na pancada do ganzá, mostrou novamente a qualidade de seus figurinos e alegorias. Crédito: flickr Carlos Morel Em 2008, venceu um prêmio Emmy na categoria figurino pelo trabalho na abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro. Nesse sentido, os figurinos, como de costume, chamaram a atenção do mundo e mostraram todo o talento da artista, que transcendia os limites da folia. Enfim, uma verdadeira professora. Crédito: Reprodução do G1 Após 18 anos à frente dos desfiles da Imperatriz Leopoldinense, assumiu o carnaval da União da Ilha, em 2010, e conseguiu mantê-la no Grupo Especial. Em 2013, voltou a ser campeã do carnaval carioca, agora com a Unidos de Vila Isabel, com o enredo A Vila canta o Brasil celeiro do mundo - água no feijão que chegou mais um... Crédito: Wigder Frota/Wikimédia Commons Rosa foi responsável pela Cerimônia de Encerramento das Olimpíadas de 2016, disputada no Rio de Janeiro. O evento celebrou a cultura popular brasileira: samba, forró e frevo. Crédito: Reprodução de vídeo TV Globo Rosa também teve uma rápida passagem pela Mangueira, com o oitavo lugar, em 2014. Em seguida, passou três anos à frente da São Clemente e fez um enredo em homenagem ao eterno carnavalesco Fernando Pamplona. Crédito: Reprodução de video do G1 Para o carnaval de 2018, Rosa foi contratada pela Portela, onde desenvolveu o enredo De repente de lá pra cá e dirrepente daqui pra lá, que pretende contar a história de judeus e europeus que se estabeleceram na cidade do Recife (PE). Em 2019, desenvolveu o enredo sobre Clara Nunes. Crédito: Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil No carnaval de 2020, comemorou os 50 anos de sua trajetória no carnaval. Nesse mesmo ano, ela retornou à Estácio de Sá, quando desenvolveu um enredo que falava sobre Pedras, mas a escola foi rebaixada. Em 2021, voltou a Imperatriz, onde desenvolveu um enredo sobre o saudoso carnavalesco Arlindo Rodrigues. Crédito: Reprodução de TV Globo Para o carnaval de 2023, Rosa foi anunciada como carnavalesca do Paraíso do Tuiuti, ao lado de João Vitor Araújo. Por lá, desenvolveu o enredo Mogangueiro da Cara Preta, sobre os búfalos da Ilha de Marajó. Crédito: -Flickr Rio Carnaval No dia 25 de julho de 2024, a carnavalesca Rosa Magalhães morreu, aos 77 anos, vítima de um infarto. Várias escolas e artistas prestaram homenagem à eterna professora, que deixou um imenso legado no maior espetáculo da terra, o carnaval carioca. Crédito: Reprodução de Redes Sociais Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente Tags Galeria Terra