Alcione grava clipe após 20 anos em um basta contra o machismo 18:31 | 10/07/2024 Autor Flipar Flipar Autor Ver perfil do autor Tipo Notícia A cantora Alcione gravou, no bairro de Laranjeiras, no Rio de Janeiro, o clipe "Marra de Feroz". A música retrata uma forma de "basta" ao machismo e procura denunciar todo e qualquer tipo de misoginia e preconceito contra as mulheres. Crédito: Divulgação A artista, que completou 50 anos de carreira, não gravava um clipe desde 2004. O último foi com o hit Faz uma loucura por mim, que foi inserido, como faixa bônus, no DVD da artista daquele ano. Crédito: divulgação / Marcos Hermes No início do ano, a cantora foi homenageada pela Estação Primeira de Mangueira no carnaval carioca, com o enredo A Negra Voz do Amanhã. A agremiação ficou com a sétima colocação, fora do desfile das campeãs. Crédito: Reprodução/@alcioneamarrom O nome de batismo da cantora foi ideia do pai, inspirado na personagem Alcíone, do romance Renúncia, psicografado por Chico Xavier. Aos 18 anos, ela se formou como professora primária e lecionou por dois anos. Na época, foi demitida por ensinar aos alunos como se tocava trompete. Crédito: Reprodução/@alcioneamarrom Nascida em 21 de novembro de 1947, Alcione Dias Nazareth é a quarta dos nove irmãos: Wilson, João Carlos, Ubiratan, Alcione, Ribamar, Jofel, Ivone, Maria Helena e Solange. Ela tem mais nove irmãos que seu pai, que era policial, teve com outras mulheres. Crédito: Reprodução/@alcioneamarrom Em São Luís, Alcione iniciou sua imersão na cultura popular ao abrir o calendário de festas, na companhia de seu pai João Carlos, quando cantava em ladainhas na “Queimação de Palhinha” em Dia de Reis. O carnaval estava em seu coração desde o início, quando fantasiava suas irmãs com roupas feitas por sua mãe, Dona Felipa. Crédito: Reprodução/@alcioneamarrom Ela conseguiu uma vaga em um sorteio e apresentou-se na TV do Maranhão. Ficou fixa na TV, apresentando-se por lá nos anos 1960 até o início dos anos 1970. Além de cantar na TV, também ecoava sua voz em bares e boates em várias cidades do Maranhão. Crédito: Reprodução/@alcioneamarrom Com os ensinamentos de seu pai na “Orquestra Jazz Guarani”, onde Seu João Carlos era maestro, foi para o Rio de Janeiro com o sonho de ser cantora nos anos 60. Iniciou sendo vendedora de loja na Império dos Discos e, em seguida, participou de concursos de calouros na noite carioca. Crédito: Reprodução/@alcioneamarrom O apelido Marrom, dado pelos integrantes da orquestra de seu pai, surgiu nessa época. Alcione afirmou que seu pai era bom homem e incentivava as filhas a serem independentes desde muito cedo, a nunca obedecerem homem nenhum, além de lhes ensinar valores morais rígidos. Crédito: Reprodução/@alcioneamarrom Ganhou destaque ao ser convidada para trabalhos também na capital paulista e fez turnês pelo Brasil e no exterior. Durante esse período, cantou diversos gêneros musicais como jazz, bolero, blues, em especial obras interpretadas por vozes femininas. Por outro lado, foi o samba que mudou a sua vida. Crédito: Reprodução/@alcioneamarrom No início dos anos 70, lançou um EP contendo duas faixas “Figa de Guiné” e “O sonho acabou”. Foi o estopim para se tornar uma das maiores cantoras de samba do Brasil, com 40 discos e 50 anos de carreira. Trazendo a negritude, a feminilidade e a potência da cultura nordestina. Crédito: Reprodução/@alcioneamarrom Alcione também participou do programa 'A grande chance', de Flávio Cavalcanti, na Tv Tupi, e selou assim seu primeiro contrato profissional. Depois de iniciar turnês, seu primeiro álbum, foi intitulado 'A Voz do samba'. Nele, já estava uma das faixas mais tocadas de sua carreira: Faz uma loucura por mim Crédito: Reprodução/@alcioneamarrom No entanto, os sucessos radiofônicos da época foram 'Não deixe o samba morrer' e 'O surdo'. Dessa forma, o título do álbum foi inspirado no samba A voz do morro (Zé Kétti, 1955), gravado por Alcione no LP, pela gravadora Philips. Crédito: Reprodução/@alcioneamarrom Com uma voz grave e volumosa, da tessitura dos contraltos, Alcione estourou no mundo da música e se tornou amiga de Clara Nunes. No ano anterior, em 1974, visitou a quadra da Mangueira pela primeira vez e foi convidada a desfilar pela agremiação, nascendo uma verdadeira paixão. Crédito: Reprodução/@alcioneamarrom Em seguida, os álbuns Alerta geral (1978) e Gostoso veneno (1979) disseminaram o canto da Marrom pelo Brasil. Entre as músicas da época, estão Sufoco, Gostoso veneno e Menino sem juízo. Crédito: Reprodução/@alcioneamarrom Para completar, a cantora fundou, em 1979, ao lado de Clara Nunes, Martinho da Vila e Dona Ivone Lara, o Clube do Samba. O objetivo era criar um movimento sociocultural para fortalecer suas raízes, já que naquela época as estações de rádio e televisão privilegiavam as músicas de discoteca. Crédito: Reprodução/@alcioneamarrom Alerta Geral era um musical exibido na primeira semana de cada mês, entre 1979 e 1981, como parte da faixa de programação Sexta Super, na TV Globo. No comando, Alcione dividiu o microfone com a amiga Clara Nunes. Crédito: Reprodução/TV Globo Já na RCA, iniciou a fase com o álbum 'Vamos Arrepiar', mas ganhou disco de ouro com 'Da cor do Brasil', de 1984, A primeira faixa declarava todo seu amor pela Estação Primeira de Mangueira e sua forte relação com a tradicional agremiação do carnaval carioca. Crédito: Reprodução/@alcioneamarrom Entre 1985 e 1987, lançou uma sequência de sucessos nessa linha romântica: “Garoto Maroto” (Franco e Marcos Paiva), “Meu Vício é Você” (Carlos Colla e Chico Roque), “Ou Ela ou Eu” (Flávio Augusto e Carlos Rocha) além de “Estranha Loucura” e “Nem Morta”, ambas da dupla Michael Sullivan (1950) e Paulo Massadas (1950). Crédito: Reprodução/@alcioneamarrom Em 1987, participou da fundação da escola de samba mirim Mangueira do Amanhã, e hoje é presidente de honra do grupo. Além disso, lançou um álbum intitulado Resistência, com músicas como 'Meu vício é você' e 'Estranha loucura', que caíram no gosto popular e tornaram-se dois dos maiores sucessos da artista. Crédito: Reprodução/@alcioneamarrom Ainda em 1989, lançou o álbum Simplesmente Marrom, com sucessos empolgantes da carreira como Nem morta, Garoto Maroto, Estranha loucura, Meu vício é você e O que eu faço amanhã. Crédito: Reprodução/@alcioneamarrom A partir dos anos 2000, reapareceu com força na mídia com as músicas 'Você me vira a cabeça', 'A Loba' e 'Meu ébano'. Sendo assim, as obras estiveram em novelas como 'Da cor do pecado' (2004) e 'América' (2005), algo que as impulsionou no país inteiro. Crédito: Reprodução/@alcioneamarrom Em 2018, a tradicional escola de samba de São Paulo, Mocidade Alegre, homenageou os 70 anos de vida e os 45 anos de carreira de Alcione, com o enredo A voz marrom que não deixa o samba morrer. Ela já tinha sido homenageada pela Independentes de Cordovil, em 1989, e Unidos da Ponte, em 1994. Crédito: Reprodução/@alcioneamarrom Marrom revelou, em papo com Pedro Bial, que durante uma época descobriu um grave problema em sua voz que a deixou durante um tempo sem falar, apenas se comunicando por meio da escrita. Até que um amigo a apresentou ao médico espiritualista Edson Queiroz, que recebia o Dr. Fritz, e a curou. Crédito: Divulgação/TV Globo Alcione venceu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode em 2003. Ela é vencedora do Press Awards, Academie Arts Science Lettres e recebeu homenagem no Women’s Music Events Awards. A artista também ganhou 26 Discos de Ouro, sete de Platina, dois de Platina Duplo, três DVDs de Ouro e um de Platina. Crédito: Reprodução/@alcioneamarrom Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente Tags Galeria Terra