‘Homens-peixe’: Povo bajau consegue ficar 10 minutos debaixo d’água 13:07 | 24/06/2024 Autor Flipar Flipar Autor Ver perfil do autor Tipo Notícia O povo Bajau, do sudeste asiático, consegue permanecer submerso muito mais tempo que outros humanos. Crédito: Torben Venning/Wikimedia Commons Enquanto boa parte da humanidade só é capaz de prender a respiração por segundos ou (em alguns casos) poucos minutos, os bajaus podem mergulhar seguidamente por até 13 minutos. Crédito: Torben Venning/Wikimedia Commons Estudo publicado pelo periódico científico Cell em 2018 apontou que uma mutação genética produzida por seleção natural permite a esse povo suportar longo tempo debaixo d'água. Crédito: Miroslaw Miras por Pixabay A adaptação teria ocorrido por alteração no DNA do baço, tornando o órgão maior que o dos outros humanos. Crédito: PublicDomainPictures por Pixabay Os bajaus são nômades que vivem entre os litorais de Filipinas, Malásia e Indonésia. Crédito: hazize san/Wikimedia Commons As estimativas são de que o povo seja composto por cerca de um milhão de pessoas. Crédito: Sabahtaim/Wikimedia Commons Eles vivem da pesca e da coleta de peças aquáticas para produzir artesanato. Ou seja, retiram da água sua subsistência. Crédito: Obsidian Soul/Wikimedia Commons O baço é um órgão vizinho ao estômago que contribui para a reciclagem de glóbulos vermelhos. Aumentado, ele fornece mais oxigênio ao sangue. Crédito: DataBase Center for Life Science/Wikimedia Commons Pesquisas feitas anteriormente descobriram que mamíferos marinhos aquáticos tem o baço muito maior em comparação a outras espécies. Crédito: Imagem de PublicDomainPictures por Pixabay A bióloga Melissa Llardo fez a descoberta sobre os bajaus ao interessar-se por ver se humanos mergulhadores tinham essa mesma condição orgânica. Crédito: facebook.com/@noronhadivers Em uma segunda visita (aos bajaus), trouxe uma máquina de ultrassom portátil e kits de coleta de cuspe. Fomos a casas diferentes e fizemos imagens dos baços deles, relatou a cientista à National Geographic Brasil. Crédito: Fairuz Othman/Wikimedia Commons Para se certificar da mutação, a equipe de estudo coletou amostra genética do povo saluan, que vive na Indonésia. Crédito: Imagem de Vanda Debreceni por Pixabay No Centro de Geogenética da Universidade de Copenhague (foto), na Dinamarca, o cotejo das amostras apontou que o baço dos bajaus era 50% maior que o dos saluans. Crédito: Divulgação Na comparação também foi usada amostra de genomas dos chineses han. Todos esses povos viveram sob seleção natural. Crédito: Pete Linforth por Pixabay Se há algo acontecendo no nível genético, deveria ser perceptível no tamanho do baço. E lá observamos essa diferença extremamente significativa”, enfatizou Melissa Llardo. Crédito: Animações Científicos/Wikimedia Commons Os bajaus vivem nessas áreas do sudeste asiático há mais de mil anos. Crédito: Reprodução Em entrevista à BBC, Llardo deu ideia de quanto a vida dos bajaus se passa em água: Quando fazem da maneira tradicional, eles mergulham repetidamente por cerca de oito horas por dia, gastando aproximadamente 60% do seu tempo debaixo d'água. O mergulho pode levar de 30 segundos a vários minutos, mas a profundidades é de mais de 70 metros . Crédito: johnjodeery/Wikimedia Commons A cientista descreveu que o baço aumentado funciona como um tanque de mergulho biológico para esse povo. Crédito: Borneo Child Aid/Wikimedia Commons Rasmus Nielsen, da Universidade da Califórnia em Berkeley (foto), disse que foram encontradas 25 diferenças no genoma dos bajaus em relação aos outros povos em análise. Crédito: brainchildvn/Wikimedia Commons Os participantes do estudo sublinharam que a descoberta pode ajudar no futuro a entender mais a fundo a hipóxia - condição em que as células ficam com pouco suprimento de oxigênio. Crédito: Pexels Turek Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente Tags Mundo