Veja como cuidar da pele dos 30 aos 60 anos

Com cuidados apropriados, é possível ficar feliz com a própria aparência em cada etapa da vida

16:31 | Jul. 03, 2024

Por: Redação EdiCase
Cuidados precoces com alimentação, hidratação e proteção solar ajudam a atenuar as mudanças naturais na pele acarretadas pelo envelhecimento (Imagem: Roman Samborskyi | Shutterstock) (foto: EdiCase)

De repente, umas manchinhas, uma linha fina e a pele já não está mais tão durinha quanto antigamente. Se tudo der certo, isso acontecerá e não é necessário temer as mudanças que ocorrem na aparência com o envelhecimento.

“Mas é importante saber que todas essas modificações podem ser atenuadas se o paciente se cuidar desde cedo. Então, a alimentação, os hábitos de vida, a atenção que ele dá à hidratação e à proteção solar, tudo isso tem um peso para envelhecer de forma saudável”, explica a dermatologista Dra. Mônica Aribi, sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Abaixo, a médica explica o que acontece em cada década, dos 30 aos 60 anos, e cuidar da pele nesses períodos. Confira!

30 anos

Na terceira década de vida, é essencial começar a cuidar da pele para manter sua hidratação e combater a acne residual. “O que muda é principalmente a forma como as glândulas sudoríparas e mesmo as sebáceas formam o manto hidrolipídico que a recobre”, explica a médica.

Segundo ela, nesta fase da vida, com a estabilização da parte hormonal, a produção sebácea e aquosa passa a ser menor. Por isso, é fundamental o uso de um hidratante ao menos. “Isso ameniza a acne, que pode diminuir em grau ou até desaparecer em alguns casos. Nos indivíduos em que isso não ocorre, o quadro já passa a se chamar ‘acne da mulher adulta’ e poderá ser necessária a intervenção de um endocrinologista”, acrescenta.

A Dra. Mônica Aribi sugere fazer limpeza de pele a cada 3 meses, no mínimo. “Também indico Hydrafacial, uma tecnologia usada para tirar todas as impurezas e aumentar a hidratação, também de 3 em 3 meses, no mínimo, e até o uso de alguns lasers como Gênesis, que fecha os poros, e luz intensa pulsada, que desinflama a pele”, afirma.

Com a redução do colágeno aos 40 anos, outros cuidados com a pele devem ser adotados (Imagem: fizkes | Shutterstock)

40 anos

Aos 40 anos, a questão é a produção de colágeno. “Ela fica bem prejudicada e começamos a perceber sinais de flacidez de pele, principalmente na região das pálpebras”, comenta a Dra. Mônica Aribi. “Também nessa faixa etária, já vemos sinais de manchas ou até formação de melasma, provenientes de uma falta de proteção solar nas faixas etárias anteriores”, acrescenta.

O uso apenas do hidratante já não é suficiente nessa faixa etária, e a médica diz ser necessária a aplicação de cremes ou loções à base de vitaminas e substâncias formadoras de colágeno, tais como a vitamina C, ácido ferúlico etc.

“No caso das manchas, devemos usar procedimentos à base de laser Q-Switched (que elimina as manchas, mas também ajuda a formar colágeno). Podemos também realizar toxina botulínica para não deixar que as rugas de expressão frisem a pele. Isso é, usar profilaticamente, de 6 em 6 meses”, explica.

Além disso, segundo ela, o uso do ácido hialurônico também pode ajudar. “E em alguns casos, já começamos a fazer preenchimento com ácido hialurônico, pois, apesar de durar pouco, os trabalhos mostram que seu uso pode impedir a piora da ruga. Isso porque existe uma pequena formação de fibrose ao redor dele”, explica a dermatologista.

Aos 50 anos, a produção de colágeno diminui, a estrutura facial cede e surgem papada e bolsas palpebrais, além de manchas solares (Imagem: Ground Picture | Shutterstock)

50 anos

Segundo a dermatologista, nessa fase da vida, a produção de colágeno diminui e a transição entre a face e o pescoço já não fica nítida, com uma queda na estrutura da face. “Começa a surgir uma leve papada e bolsas palpebrais. Algumas pessoas começam a ter mais manchas, mas do tipo melanose solar, fruto do sol que tomaram anteriormente (até na infância)”, explica.

Nesse quadro, a médica recomenda o tratamento domiciliar com ácidos, como o glicólico, e em menor vezes o retinoico, à noite. “Pela manhã, o uso de hidratantes mais densos para melhor a cobertura e umectação da pele“, indica.

Quanto aos procedimentos, segundo a médica, é possível realizar sessões de ultrassom micro e macrofocado (Ultracell Q+ por exemplo) de duas a três vezes ao ano. “Também podemos fazer a aplicação de substâncias produtoras de colágeno, chamadas bioestimuladores de colágeno (hidroxiapatita de cálcio, ácido poli-L-láctico)”, explica.

Além disso, para melhorar a sustentação da pele, outras técnicas podem ser utilizadas. “Em alguns casos, é muito interessante a colocação de fios de sustentação que, além de tracionarem a pele e levantá-la, fazem formação de colágeno por meio do material pelos quais esses fios são constituídos. Em geral, duram de 6 meses a 1 ano”, recomenda a Dra. Mônica Aribi.

A flacidez e as rugas aumentam aos 60 anos, exigindo outros procedimentos na pele (Imagem: Vadym Pastukh | Shutterstock)

60 anos

Aos 60 anos, a pele requer uma combinação de tratamentos: a produção de colágeno já chega a quase zero, com piora da flacidez e formação de rugas estáticas, segundo a médica. Ainda, a barreira da pele também fica comprometida, por conta da dificuldade natural em formá-la, o que prejudica sua hidratação.

“Nesse período, o dermatologista pode usar uma combinação de todos os procedimentos usados nas fases anteriores, além de usar lasers mais efetivos (fortes) para rejuvenescimento. Esses lasers trabalham em picossegundos ou em nano modificado, podendo se assimilar a um resultado de laser de CO₂ melhorado”, explica.

Conforme a médica, também é possível usar radiofrequência fracionada (Morpheus), que proporciona resultados ótimos e duradouros. “No pós-procedimento dessas tecnologias, a pele pode ficar vermelha, o que pode ser amenizado com o uso de máscaras calmantes, que ajudarão a hidratar a pele”, finaliza a Dra. Mônica Aribi.

Por Maria Claudia Amoroso