Saiba como o trabalho sob demanda pode ser uma boa opção
Modalidade profissional flexível garante crescimento de carreira e obtenção de ganhos financeiros para quem está a quilômetros de distância das empresas
De acordo com relatório da Fragomen, empresa focada em imigração, atualmente existem cerca de 35 milhões de nômades digitais (indivíduos que usam a tecnologia para exercer suas profissões de modo remoto). O levantamento ainda aponta que esse número deve aumentar para 1 bilhão em 2035, principalmente por conta do desenvolvimento de modalidades profissionais mais flexíveis.
Para Thales Zanussi, fundador e CEO do Mission Brasil, referência em digital outsourcing e staff on demand no país, formatos como o trabalho sob demanda (quando as companhias contratam colaboradores para participarem de projetos específicos sem a criação de um vínculo empregatício permanente) reforçam essa realidade.
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“São modelos de atuação profissional que se encaixam perfeitamente nas metas de quem prioriza as funções híbridas ou em home office, já que garantem uma fonte de renda extra e oferecem a liberdade geográfica”, diz.
Principais desafios dos nômades digitais
Por ser um estilo de vida muito voltado para a rotina fora do expediente, os nômades digitais também possuem algumas missões desafiadoras em seus cotidianos. Alcançar uma estabilidade financeira e lidar com a falta de benefícios tradicionais são as maiores delas.
Segundo Thales Zanussi, a solução para essas questões está na construção de uma carreira multifacetada. “Hoje, há plataformas digitais que conectam empresas a profissionais especializados que não apenas oferecem serviços pontuais, mas projetos diversificados, que contribuem para a formação de um portfólio sólido. Portanto, as pessoas podem viajar pelo mundo e, ao mesmo tempo, crescer no mercado, de modo a conquistar salários robustos”, afirma.
Papel dos nômades digitais no futuro do mercado
A tendência é que os nômades digitais sejam cada vez mais importantes na economia global. O próprio crescimento do trabalho sob demanda demonstra a importância da flexibilidade e adaptabilidade em um mundo cada vez mais conectado. Como projeta a Future Market Insights, organização de pesquisa de mercado, a categoria deve atingir cerca de US$ 1,1 bilhão até 2032.
Segundo Thales Zanussi, os modelos profissionais da era digital tendem a suprir as demandas de todos os envolvidos, então provavelmente continuarão crescendo. “De um lado, as empresas reduzem custos relacionados aos processos de contratação e encontram os talentos ideais para as suas necessidades, sem o comprometimento de tempo e local. Do outro, os trabalhadores recebem um poder de escolha maior para equilibrar os diversos âmbitos das suas vidas, mesmo que estejam a quilômetros de distância dos escritórios. Todos ganham”, conclui.
Por Mariana Lanfranchi