Veja como estimular as habilidades de pessoas com Síndrome de Down

Fonoaudióloga explica como adaptações e estratégias individualizadas são importantes para esse público

A Síndrome de Down (SD) é uma condição genética causada pela presença de um cromossomo extra no par 21, menor cromossoma humano. Isso afeta o desenvolvimento físico e cognitivo, variando de uma pessoa para outra.

Entre as características provocadas por essa alteração estão o comprometimento intelectual, baixa estatura, olhos puxadinhos, como nos orientais, rosto redondo, tônus muscular reduzido, hipotonia de língua, dificuldades motoras, de mastigação, de deglutição, problemas na articulação da fala dentre outros.

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No dia 21 de março, comemoramos o dia mundial e nacional da Síndrome de Down. Uma boa oportunidade para falarmos o quanto essas pessoas precisam de amor e de respeito. Além disso, precisam ser estimuladas e incluídas socialmente.

Este público é composto por crianças, adolescentes e adultos, que possuem necessidades particulares, conforme as deficiências que cada um possui e que, sem adaptações curriculares e estratégias individualizadas, não conseguiriam desenvolver todas as suas potencialidades.

Informação é sempre a melhor ferramenta

Dar “voz e vez” aos que lutam contra a exclusão social. Quanto mais informadas, mais ativas as pessoas se tornam para buscar essa inclusão social, educacional e seus direitos. Todos nós podemos aprender, mas precisamos de estratégias próprias e pautadas na ciência para desenvolver potencialidades e tirar o foco só da deficiência. 

Precisamos estudar, trabalhar, nos relacionarmos, sermos autônomos, sermos cidadãos e estarmos aptos a viver engajados em uma sociedade que respeite as diferenças e entenda que o “normal” é ser diferente.

menina com Síndrome de Down brincando com blocos de brinquedo
As crianças com Síndrome de Down precisam ser estimuladas desde cedo e necessitam do auxílio de uma equipe multidisciplinar (Imagem: Eleonora_os | Shutterstock)

Desenvolvendo as habilidades 

Indivíduos com SD precisam ser estimulados desde cedo. Essas pessoas precisam de atendimento de uma equipe multidisciplinar composta por médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e outros que integrarão estas equipes de acordo com as demandas e necessidades.

Elas necessitam de adaptações curriculares e de um bom PDI (plano de desenvolvimento individual). É necessário o uso de material adaptado e bem concreto, além do apoio visual que facilite a aprendizagem, principalmente da Matemática.

Ampliar o vocabulário e trabalhar as habilidades auditivas favorecem o desenvolvimento da linguagem e o aprendizado da leitura e escrita. Pesquisas têm sugerido que o método fônico favorece o aprendizado da leitura e é o mais indicado para as crianças com SD.

Uso da música, da leitura e da escrita como estímulo 

A música e a literacia (conjunto das habilidades da leitura e da escrita: identificação das palavras escritas, conhecimento da ortografia das palavras, aplicação aos textos dos processos linguísticos e cognitivos de compreensão) são poderosas ferramentas que podem agregar muito e facilitar o processo de aprendizagem destas crianças tanto na escola quanto em casa. 

Se você tem um filho ou familiar com SD, estimule sua comunicação, demonstre afeto, incentive sempre e desenvolva suas habilidades. Qualquer atividade com massinha ou papel picado estão entre atividades que podem – e devem – estar presentes no ambiente familiar. Tão fáceis de fazer e tão importantes para o desenvolvimento.

Estímulo é o que importa. Fundamental também permitir que essas pessoas expressem o que desejam e se sintam incluídas por meio dessas dinâmicas familiares e escolares. Todo mundo aprende no seu tempo. Não podemos esquecer disso, seja no ambiente familiar ou no escolar. Viva a neurodiversidade!

Por Luciana Cordeiro Felipetto

Fonoaudióloga clínica e educacional. Pós-graduada em Psicopedagogia. Mestre em Ciências da Educação. Especialista em Fonoaudiologia Educacional e Linguagem.

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