4 dicas para levar seu pet em viagens internacionais

Especialista explica sobre os documentos e cuidados necessários com o pet para sair do país

Em 2023, cerca de 21,2 milhões de brasileiros realizaram voos internacionais para turismo, registrando aumento de 29,8% se comparado ao ano anterior, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Muitas das pessoas que pretendem viajar para o exterior neste ano ainda não sabem bem como funcionam os processos e exigências para levar seu pet. Inicialmente pode parecer complexo, mas, com a devida preparação e seguindo algumas regras, é totalmente viável. 

Esteja atento às legislações de cada país

Para levar o animal de estimação com você para alguns países, é importante estar ciente das regulamentações. De acordo com Wagner Pontes, fundador da assessoria imigratória D4U Immigration, essas regras variam. “Nos EUA, por exemplo, quem determina as obrigações para a entrada de um animal no país é o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC)”, explica o executivo.

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No caso dos EUA, animais vindos de países com alto risco para raiva, como é o caso do Brasil, devem seguir regras específicas. “Seu cachorro precisa ter mais de seis meses de idade e possuir um microchip ISO-compatível, conforme o padrão ISO 11784/11785. Também é essencial que o pet tenha um certificado válido de vacinação antirrábica emitido nos EUA”, completa o especialista.

O profissional alerta que o não cumprimento dessas diretrizes pode resultar no retorno do seu pet ao país de origem, custeado pelo próprio passageiro. Segundo ele, é vital também considerar as regulamentações adicionais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e as especificidades do estado ou território para onde você está se mudando.

Alguns documentos obrigatórios para levar o animal ao exterior são:

1. Certificado Veterinário Internacional (CVI)

O Certificado Veterinário Internacional (CVI) é um documento fundamental, pois comprova que o cachorro está saudável e apto para viajar. Este certificado deve ser emitido por um veterinário licenciado. Nele constarão todos os detalhes da saúde do pet, incluindo vacinas e qualquer tratamento específico que esteja recebendo.

2. Microchip compatível com ISO

Um microchip ISO-compatível é uma exigência para a entrada de animais de estimação nos Estados Unidos. Este chip, implantado sob a pele do cachorro, armazena informações vitais sobre o animal e seu proprietário. É importante que o microchip seja ISO-compatível, visto que isso garante que ele possa ser lido por scanners padrão nos EUA.

3. Atestado de saúde do pet

Além do CVI, um atestado de saúde emitido por um veterinário é necessário, pois esse documento reafirma a boa saúde do seu animal e certifica que ele está livre de doenças contagiosas.

4. Carteira de vacinação atualizada

É essencial apresentar uma carteira de vacinação atualizada. O documento deve incluir todas as vacinas tomadas pelo seu animal, especialmente a vacina contra a raiva, obrigatória para entrada em muitos países.

Gato bege em uma caixa de transporte azul e cinza
É importante que o animal seja transportado em uma caixa adequada (Imagem: Oleg Batrak | Shutterstock)

Cuidados antes da viagem

Wagner Pontes explica que alguns cuidados também são necessários com a logística do animal. “Certifique-se de reservar um voo direto, se possível, para minimizar o estresse do animal de estimação. É essencial que os passageiros obtenham caixas de transporte apropriadas, que sejam suficientemente espaçosas, seguras, ventiladas e que atendam aos padrões da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA)”, sugere. Ele também recomenda acostumar o pet com a caixa de transporte antes da viagem para que ele se sinta mais confortável durante o voo.

Restrições de saúde

Por fim, é importante o passageiro estar atento às restrições específicas de raça e saúde do pet. “Algumas raças de cachorro, por exemplo, especialmente as braquicefálicas (como pugs e bulldogs), podem enfrentar restrições devido a preocupações com a saúde durante o voo. Verifique antecipadamente se a raça do animal está sujeita a quaisquer restrições”, finaliza Wagner Pontes, fundador da D4U Immigration.

Por Hicaro Ros

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