Papa está em condição 'crítica, mas estável', diz Vaticano
Agência BBC

Papa está em condição 'crítica, mas estável', diz Vaticano

Em boletim da tarde desta terça-feira (25/02), Vaticano informou que o papa está em estado crítico, mas não teve 'episódios respiratórios agudos' e tem indicadores do sangue 'estáveis'.

Papa Francisco em foto de 9 de fevereiro de 2025
Getty Images
Papa Francisco em foto de 9 de fevereiro de 2025

O papa Francisco está em condição "crítica, mas estável", segundo boletim médico enviado pelo Vaticano na tarde desta terça-feira (25/02).

"Não houve episódios respiratórios agudos e os parâmetros hemodinâmicos permanecem estáveis", diz o boletim.

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Na manhã de terça, o papa recebeu a eucaristia e fez atividades de trabalho. No início da noite, o pontífice passou por tomografia computadorizada para monitorar a pneumonia que o acomete.

Mais cedo, em outro boletim, foi informado que o papa Francisco dormiu bem, durante a noite toda, de segunda para terça-feira.

Na segunda, foi registrada uma "leve melhora", sem novas crises respiratórias asmáticas. O boletim médico apontava que alguns de seus exames laboratoriais "apresentaram melhora" e que o monitoramento "da leve insuficiência renal não é preocupante".

No domingo (23), Francisco participou de uma missa em seu quarto hospitalar, na companhia da equipe que está cuidando dele durante a hospitalização. Em uma primeira mensagem escrita aos católicos desde sua internação, o papa pediu orações e disse que "continua confiante".

"Nos últimos dias, recebi muitas mensagens de carinho, e fiquei especialmente tocado pelas cartas e desenhos das crianças", escreveu o papa.

"Obrigado por esta proximidade e pelas orações de conforto que recebi de todo o mundo! Entrego todos vocês à intercessão de Maria e peço que rezem por mim", completou.

Fiéis participam de uma cerimônia religiosa na Praça São Pedro, enquanto o papa continua o tratamento no Hospital Gemelli, no Vaticano, em 24 de fevereiro de 2025
Reuters
Fiéis fazem oração do terço pela saúde do papa na Praça São Pedro

Papa Francisco, de 88 anos, está internado desde o dia 14 de fevereiro no Hospital Gemelli, em Roma. O líder católico deu entrada no hospital depois de ter sentido dificuldades para respirar por vários dias.

Seu primeiro diagnóstico divulgado foi uma bronquite. Posteriormente, o Vaticano informou que o papa tinha uma pneumonia que havia atacado seus dois pulmões.

Ele é especialmente propenso a infecções pulmonares devido ao desenvolvimento de pleurisia — uma inflamação ao redor dos pulmões — quando adulto e à remoção de parte de um dos pulmões aos 21 anos.

Desde a internação, os boletins informam que Francisco está "comovido" com todas as manifestações de carinho e melhoras que vem recebendo, e "especialmente tocado" com as mensagens das crianças.

Na semana passada, Francisco recebeu a visita da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, do partido Irmãos da Itália, de direita radical.

O papa não pôde fazer sua oração semanal regular no domingo na Praça de São Pedro nem liderar uma missa especial para artistas para marcar o Ano do Jubileu da Igreja Católica.

O pontífice argentino está à frente da Igreja Católica Romana há 12 anos.

Em março de 2023, ele passou três noites no mesmo hospital para tratamento de bronquite.

Em dezembro do mesmo ano, ele foi forçado a cancelar sua viagem aos Emirados Árabes Unidos para a cúpula do clima COP28 por causa de outra doença.

Ao longo de sua vida, ele sofreu uma série de problemas de saúde, incluindo a remoção de parte de um dos pulmões.

O que é a bronquite e como se manifesta

A bronquite é uma inflamação dos brônquios pulmonares que pode ter origem viral ou bacteriana. A condição se manifesta com tosse intensa, acúmulo de muco, sensação de peito cheio e, em sua fase aguda, pode vir acompanhada de febre e dificuldade para respirar.

A doença é mais comum durante quedas bruscas de temperatura, pois o frio pode comprometer as defesas naturais do sistema respiratório, facilitando infecções.

Em idosos, a bronquite pode evoluir de forma mais severa, aumentando o risco de complicações, como pneumonia e insuficiência respiratória. Além disso, o processo inflamatório pode durar mais tempo devido à menor capacidade do organismo de combater infecções.

O tratamento depende da causa da bronquite. Se for viral, recomenda-se o uso de medicamentos para febre, nebulizações, fisioterapia respiratória e ingestão abundante de líquidos para ajudar na eliminação do muco.

Já nos casos de origem bacteriana, é necessário o uso de antibióticos prescritos por um médico. Em idosos, a hidratação e o acompanhamento médico são essenciais para evitar agravamentos do quadro.

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