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Musk vai comprar TikTok? Empresa chinesa diz que rumor é 'pura ficção'

Uma reportagem da Bloomberg afirmou que autoridades chinesas estariam avaliando alternativas a possível decisão da Suprema Corte — entre elas a venda da operação americana do Tik Tok nos EUA a Elon Musk.

17:13 | Jan. 14, 2025

Por: João da Silva - Repórter de negócios da BBC

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Elon Musk tem diversas empresas nos EUA

O TikTok reagiu a uma reportagem recente segundo a qual a China estaria considerando permitir a venda das operações da empresa nos Estados Unidos para o empresário sul-africano Elon Musk.

A empresa de mídia social disse que os rumores são "pura ficção".

A declaração da empresa foi uma resposta a uma reportagem no site da Bloomberg que dizia que as autoridades chinesas estariam avaliando as alternativas caso a Suprema Corte dos EUA mantenha a proibição ao aplicativo.

Entre essas opções, estaria a venda da operação americana a Musk.

Os juízes da Suprema Corte devem decidir sobre uma lei que estabeleceu a data de 19 de janeiro como limite para o TikTok vender suas operações nos EUA ou ser banido do país.

O TikTok disse repetidamente que não venderá sua operação nos EUA.

"Não podem esperar que comentemos sobre pura ficção", disse um porta-voz do TikTok à BBC News.

O X, rede social pertencente a Musk, não respondeu ao pedido de resposta da BBC até a publicação desta reportagem.

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O Tik Tok nega interferência do governo chinês

Elon Musk é um aliado próximo do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que deve tomar posse na Casa Branca em 20 de janeiro.

No mês passado, Trump pediu à Suprema Corte que adiasse sua decisão até que ele assumisse o cargo, para que pudesse buscar uma "resolução política".

Seu advogado entrou com pedido no tribunal que diz que Trump "se opõe à proibição do TikTok" e "busca a capacidade de resolver os problemas em questão por meios políticos assim que assumir o cargo".

Isso aconteceu uma semana depois que Trump se encontrou com o presidente-executivo do TikTok, Shou Zi Chew, em sua propriedade em Mar-a-Lago, na Flórida.

Na segunda-feira (13/01), dois parlamentares democratas, o senador Edward Markey e o deputado Ro Khanna, também pediram ao Congresso e ao presidente Joe Biden que estendessem o prazo de 19 de janeiro.

Em uma audiência na Suprema Corte na semana passada, os juízes pareceram inclinados a manter a legislação e cumprir o prazo.

Durante quase três horas de argumentos, os nove juízes citaram várias vezes preocupações com a segurança nacional que deram origem à lei.

O governo Biden argumentou que, sem a venda da operação americana, o TikTok poderia ser usado pela China como uma ferramenta de espionagem e manipulação política.

O TikTok negou em diversas ocasiões qualquer influência do Partido Comunista Chinês na rede social e argumentou que a lei banindo o aplicativo violaria os direitos de liberdade de expressão garantidos pela Primeira Emenda da constituição americana.